Dos mananciais às torneiras: qual o curso da água?

No Dia Mundial da Água o Jornal Meio Norte explica um pouco do processo de captação no Rio Parnaíba até as torneiras

Rio Parnaíba | Arquivo Jornal Meio Norte
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Você sabe como a água chega na torneira da sua casa? “Ela chega pelo cano. Depois ela entra no nosso chuveiro”, conta o pequeno Hudson Filho, de cinco anos. Já a pequena Maitê Andrade, de 4, acredita que a água vem da “rua que tem lá embaixo”. Marco Antonio, de 9 anos, aposta que vem “através do cano, depois de ser tratada e tirar todos os micróbios”.

A criançada sempre sabe de tudo. Mas é claro que esse é um processo bem mais complexo que exige anos de estudo e técnica, para que o líquido que sai dos mananciais até as torneiras passe por um processo adequado de tratamento. No Dia Mundial da Água, comemorado neste 22 de março, o Jornal Meio Norte explica um pouco do processo de captação no Rio Parnaíba até as torneiras

Marco, Maitê e Hudson. Crédito: arquivo pessoal.

Para a dona Raimunda Pereira, que trabalha como lavadora de roupas, a verdade é uma só: “a água é o bem mais precioso que nós temos. Eu trabalho com água, então para mim é ainda mais importante. Mas agora ela é mais importante ainda porque estamos em uma pandemia e todo mundo tem que lavar as mãos”, alerta.

Dona Raimunda. Crédito: Lucrécio Arrais.

A maior parte da água que chega nas casas dos piauienses vem do Rio Parnaíba, que divide os Estados do Piauí e Maranhão entre Timon e Teresina. O manancial perene, que é a fonte primordial de água da população, precisa ser preservado e cuidado. “O Rio Parnaíba é o segundo maior do Nordeste, e é quem mantém a cidade de Teresina. Temos um solo subterrâneo bastante rico. Tanto que no interior do Estado, a água subterrânea termina sendo a mais utilizada através de poços, por ser mais pura que a superficial”, explica Roberto Fernandes, engenheiro civil do Serviço Geológico do Brasil (CPRM).

Roberto Fernandes. Crédito: Rede Meio Norte.

No entanto, existe um problema que precisa ser contido pela raça humana: a poluição dos mananciais. “A água não vai acabar no planeta. O que pode acontecer é que toda água potável fique poluída. Por isso é importante usar bem e pensar na preservação da qualidade da água, para que não falte no futuro”, ressalta Fernandes.

Um processo de várias etapas

Mas como a água é tratada para chegar na torneira? Alexandre Oliveira, gerente de produção da Águas de Teresina, concessionária de água da capital, explica.  “O primeiro ponto é a captação no Rio Parnaíba, através de um conjunto de bombas. Elas funcionam como um elevador, através de um canal”, conta.

Rio Parnaíba. Crédito: Arquivo JMN.

O segundo passo precisa de aditivos químicos para tornar a água mais pura. “Nós fazemos a adição de polímeros e sulfato de alumínio. Depois ela vai para um floculador e fazemos um movimento de carrossel, e esse movimento vai purificá-la através de decantadores. Aí já eliminamos 90% das impurezas da água colhida no rio”, completa o gerente.

A última etapa elimina o que sobrou de impurezas. “A última etapa é o processo de filtração, que é o polimento do tratamento. Aqui vamos retirar o que sobrou da poluição através de grandes peneiras. Após a água passar pelo filtro, ela vai para uma câmara subterrânea onde é adicionado cloro e flúor. O cloro combate microorganismos, que podem fazer mal à saúde; e o flúor, as cáries”, conclui.

Alexandre Oliveira. Crédito: Raíssa Morais.

Além de todo esse processo, a Águas de Teresina ainda investe em um grande trabalho de controle de qualidade. Para isso são feitas até 25 mil análises nos centros de tratamento, fora mais de 10 mil todos os dias na rua. Tudo isso para garantir uma água de qualidade e excelência para o consumidor final.



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