2023 poderá ser o ano de recuperação da economia

A expectativa é de redução da inflação e manutenção da taxa de juros, freando o consumo de bens duráveis

Valmir Falcão destaca que inflação pode começar a perder força | Raíssa Morais
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Entender o cenário econômico é essencial para investidores, empresários, pequenos comerciantes e até mesmo o poder público. Após o verdadeiro desastre econômico mundial observado com a pandemia da Covid-19 e, mais recentemente, o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, abalaram as estruturas econômicas mundiais. Em 2023, a expectativa é de recuperação.

Por outro lado, enquanto o mercado financeiro dá uma respirada, o consumo reduz com a alta taxa de juros imposta pelo Banco Central. A ideia é frear a economia, reduzindo o consumo e o endividamento. O comércio sente na pele a refração do bolso do brasileiro, que está comprando menos. Como consequência, o comércio também emprega menos.

A recuperação econômica se faz necessária neste novo ano - reprodução internet

Setor de serviços

Nesta cadeia desafiadora, onde quase 70% do PIB nacional gira em torno do setor de serviços, é preciso que o investidor busque a própria virada de chave para não ficar para trás nesse processo de recuperação econômica, que brinda a deflação com a normalização produtiva. É que o período off da Covid-19 atrasou a produção industrial, que agora se equilibra.

Em 2023, o mundo começa a ter períodos inflacionários, o que foi puxado pelo mercado europeu, Estados Unidos e China, grandes potências.

Risco fiscal

"A inflação começa a perder força no mercado internacional. Isso deve repercutir no Brasil, pois há pouco crescimento econômico no mundo e o dinheiro fica escasso", analisa Valmir Falcão, economista e presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon/PI).

Por outro lado, existe o risco fiscal. "Temos um novo governo que surge após uma eleição disputada, que depende de medidas do próximo Ministro da Fazenda. Os economistas fazem modelos matemáticos para prever cenários econômicos. As políticas públicas devem ser feitas em cima disso", revela.

Nada é possível prever sobre o dólar

Com relação ao dólar, o economista Valmir Falcão afirma que é impossível prever por conta do mercado internacional. "O Brasil tem uma boa reserva econômica, o que leva a uma ideia de que teremos um dólar mais ou menos equilibrado", considera.

Em 2022, o Brasil chega a quase 6% de inflação. Em 2023, um ano onde a tendência é que a economia possa voltar ao normal neste aspecto.

Valmir Falcão:diminuir o crédito diminui o consumo e controla a inflação - Raíssa Morais

 "A normalização da cadeia de produção é um dos fatores, depois do período pós-pandemia. Os custos logísticos estão caindo, principalmente equipamentos como microchips. Os preços das commodities, como a soja, pararam de subir e devem seguir em preços estáveis ao longo do ano. Isso segura, obviamente, os insumos da produção de alimentos. A inflação será mais controlada", prevê.

A então política do Banco Central com relação à taxa de juros passa a fazer efeito. "Diminuir o crédito diminui o consumo e controla a inflação. Por outro lado, a economia mundial deve crescer bem em países desenvolvidos, sobretudo os Estados Unidos e o mercado europeu", analisa.

Mundo ainda vive incertezas econômicas

A incerteza da guerra entre a Rússia e a Ucrânia também está em paralelo. Isso balançou o preço dos combustíveis e do gás servido à Europa, por exemplo, gerando acréscimo de preços em produtos consumidos em todo o mundo. "A China também deve tentar crescer após o período difícil da pandemia. Em 2022, tivemos um crescimento acima do esperado. Tinha uma demanda reprimida que impulsionou o PIB, que deve crescer em até 3%, com resultado a ser divulgado em março", aponta Valmir Falcão. O maior desafio fica para o setor de serviços. 

"É um setor que vai perder um pouco de força, o que pode prejudicar um pouco. Mas é essencial na recuperação do emprego. O governo Lula, com Fernando Haddad estão dando visibilidade para o mercado, o que é bom para o país", acrescenta o economista.

Os programas fiscais feitos em 2022, como o Auxílio Brasil, Vale-gás e Auxílio Taxista, não terão um grande impacto porque já estão incorporados no orçamento das famílias. "O patamar elevado da taxa de juros deve segurar a economia, principalmente o comércio, enfraquecendo produtos de bens de consumo duráveis. Carros, móveis e eletrodomésticos, por exemplo", aponta.

Um ano promissor para investidores

Para Alzenir Porto, presidente da Junta Comercial do Piauí (Jucepi), este ano será promissor para investidores que sabem usar a inteligência e a criatividade como soluções para problemas ou o surgimento de novos serviços. “Esse ano de 2023 vai ser promissor com relação à economia. Estamos deixando para trás a pandemia, e a relação do comércio com isso já foi harmonizada. Não vamos passar por aquela situação toda que tivemos porque o empresário tem uma visão mais aberta", analisa.

Alzenir acredita que 2023 é o ano das chamadas start-ups. Em linhas gerais, uma startup é uma empresa emergente que busca aprimorar um modelo de negócio de forma efetiva.

Alzenir Porto presidente da Jucepi diz que ano será promissor para investidores - portal Governo do Piauí


"É um segmento que vem crescendo a todo vapor com boas ideias. Nós estamos passando por uma série de transformações com a tecnologia. Estamos em uma nova fase, que é promissora e inclusiva. A visão do governo Rafael Fonteles é dar condição a todos, preparando as pessoas para o período onde vivemos”

A presidente da Jucepi conta que este é o ano de investir. 

"O indivíduo sabe que se desprende de muitos custos. Dá para trabalhar e oferecer serviços em casa, por exemplo. Hoje uma mesa na sala já dá para trabalhar. Temos grandes possibilidades de crescimento na indústria, serviços e comércio. As aberturas de empresas está crescendo", considera.

Em 2023, a Jucepi, que coordena a abertura de empresas no Piauí, passa a fazer parte da Secretaria da Fazenda (Sefaz). “Para nós foi uma mudança muito boa. Ao longo do tempo já havia essa integração. Nós fazemos parte desse ambiente de negócio. É um novo momento de otimização de serviços", finaliza.



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