Acordo sobre perdas do ICMS dos estados é homologado pelo STF

Medida prevê que União pagará R$26,9 bilhões aos estados e ao Distrito Federal até o ano de 2026

Perda de ICMS dos combustíveis | Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O acordo sobre as perdas dos estados com o ICMS de combustíveis foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (2), com maioria de oito votos a favor. De acordo com o acordo, o governo federal irá repassar um total de R$ 26,9 bilhões aos estados e ao Distrito Federal até o ano de 2026. A Corte analisou o acordo, que foi homologado pelo ministro Gilmar Mendes após negociações entre a União e representantes dos estados. 

A necessidade de compensação surgiu após a desoneração do ICMS sobre a venda de combustíveis, aprovada pelo Congresso em junho do ano passado. Essa medida teve como objetivo conter o aumento dos preços nos postos de  combustível. Apesar de a legislação prever a compensação aos estados e ao Distrito Federal, o então presidente Jair Bolsonaro vetou o dispositivo. No entanto, o veto foi derrubado pelo Congresso, levando o caso ao STF.

Diante do impasse político e legal, o ministro Gilmar Mendes, um dos relatores do tema, formou uma comissão especial para buscar uma conciliação entre as partes envolvidas. Agora, o STF está julgando a homologação do novo valor para a compensação, após as partes chegarem a um acordo sobre as estimativas de perda de arrecadação. Do total acordado de R$ 26,9 bilhões, a União deverá pagar R$ 4 bilhões ainda este ano, e o restante será pago nos anos de 2025 e 2026.

Até o momento, os estados e o Distrito Federal obtiveram liminares do STF para suspender cerca de R$ 9 bilhões em parcelas de dívidas com a União, como forma de compensar a perda causada pela desoneração dos combustíveis. O acordo aprovado pelo STF hoje estabelece regras para que a União também possa descontar esse valor do total a ser compensado, de acordo com a situação de cada estado. Segundo informações da Fazenda, alguns estados já conseguiram compensar até mais do que teriam a receber, enquanto outros ainda não receberam nada.

Para os estados que ainda têm saldo a receber, as regras estabelecem que aqueles com até R$ 150 milhões em compensações receberão 50% em 2023 e os outros 50% em 2024, com recursos do Tesouro Nacional. Já os estados com compensações entre R$ 150 milhões e R$ 500 milhões receberão um terço do valor em 2023 e dois terços em 2024. Por fim, os estados com mais de R$ 500 milhões receberão 25% em 2023, 50% em 2024 e 25% em 2025.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES