Após ano de perdas, empresas preveem explosão de eventos no Piauí

Organizadores estão otimistas e comemoram a retomada dos eventos, mesmo com público restrito.

Eventos realizado seguindo todos os protocolos | Divulgação
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Parados desde março de 2020 em razão da pandemia da Covid-19,  a retomada de eventos traz um novo ânimo para economia, uma vez que o setor emprega grande número de pessoas. Afinal de contas, um evento não é somente a festa em si, mas uma cadeia que envolve área de gastronomia, bebidas, roupas, som, imagem (fotografias e vídeos) e artistas. Mais do que isso, as festas movimentam o comércio de roupas e calçados.

Os organizadores de festas e eventos passaram por maus momentos. Para Vanilton Soares, da Elite Eventos, ele foi obrigado a demitir muitos pais de famílias. "Consegui, nesse tempo todo que fiquei parado, estudar e planejar formatos diferentes de fazer evento de formatura", disse, informando que deixou de fechar novos contratos em valor estimado de R$ 20.000.000,00 e os eventos cancelados de 2020 a 2021, as perdas chegam perto de R$ 12.000.000,00.

Segundo ele, a sua empresa se prepara para a explosão de animação que promete ser a retomada das atividades e promete voltar mais competitiva no ramo de formatura. "Acredito muito que vem tempos bons para o nosso setor", afirma, enfatizando que os diversos empresários chamam de "Efeito champanhe" a retomada dos setores ligados ao lazer, turismo e entretenimento.

Evento organizado por Vanilton (Divulgação)

Retomada gradual

Para o empresário, as perdas foram grandes. "Mas estamos otimistas com a retomada gradual dos eventos, hoje permitidos apenas para 100 pessoas em locais semiabertos", declara Vanilton, acreditando que muita coisa mudou na forma de festejar, já que as pessoas não querem fazer um evento com poucas pessoas.

Vanilton afirma que o setor promete para o próximo ano, pois as pessoas estão quase que desesperadas para sair de casa para comemorar alguma coisa e acredita que todos os eventos voltarão a ser realizados, como grandes shows.

Novos formatos

Segundo a cerimonialista Liana Lima, as celebrações ganharam novo formato, observando todos os cuidados impostos por órgãos de vigilância sanitária. "Estamos mais voltados para eventos mais intimistas, com quantidade limitada de convidados, obedecendo os protocolos de distanciamento social, uso de máscaras. Eventos mais voltados para núcleo familiar, amigos intimos", explica.

Evento organizado por Jaqueline (Divulgação)

Esse retorno é um alento. Afinal, as conquistas devem ser celebradas com alegria e muita prudência. A cerimonialista Jaqueline Rodrigues, da Associação Piauiense de Empresas de Solenidades Privadas, está otimista com a liberação de eventos. "Nossas expectativas são as melhores, pois estávamos sobrecarregados de compromissos sem data específica diante da paralisação das nossas atividades, ocasionando um acúmulo e até mesmo bloqueando procura de futuros clientes", afirma.

Até que seja possível atingir a vacinação em massa, Jaqueline acredita que o retorno ocorrerá de forma gradativa, com cautelas, limitações e todos os cuidados de higienização necessários para sua realização.

Em razão da pandemia, Jaqueline explica que houve a necessidade da diferenciação ao que, de fato, envolve a palavra Eventos, pois assim como existe o evento familiar e privado, existe aquele que é aberto ao público. O primeiro é limitado e mais restrito, já o segundo, não existe limitação de pessoas.

"Nunca imaginei viver um período de tamanha dificuldade"

Passar por mais de um ano sem poder realizar eventos foi muito difícil e, segundo Jaqueline, para quem vive exclusivamente do setor, foi altamente drástico. "Nunca imaginei viver um período de tamanha dificuldade, principalmente para aqueles que não têm uma ajuda ou auxílio familiar. A fome invadiu a casa de inúmeras pessoas do meio, que se viram numa delicada situação de perdas e cancelamentos de contratos", explica.

Jaqueline acredita na possibilidade do retorno dos eventos como eram antes da pandemia, até porque muitos estados já planejam eventos maiores e trabalham com a volta do Carnaval e outros eventos abertos ao público.

Antes da liberação para os eventos, Jaqueline explica que tinha na agenda inúmeros eventos privados sem data prévia. "Até porque é bastante frustrante para todos os envolvidos sonhar, planejar e no tempo determinado não poder realizar. Por essas e outras incertezas, o mercado estava parado".



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