Brasil tem menos desemprego e mais trabalhadores com carteira assinada

Emprego com carteira assinada cresce 7,1% de 2007 a 2008

Carteira de trabalho | Arquivo
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O desemprego em 2008 atingiu a menor taxa desde 2001, mostram dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (Pnad), divulgados nesta sexta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa traz ainda outros dados positivos sobre o emprego no país, mas a coleta foi feita em setembro de 2008 – antes, portanto, do agravamento da crise.

A taxa de desocupação passou de 9,3%, em 2001, e chegou ao pico de 9,7%, em 2003. Em 2008, a taxa ficou em 7,2%. Essa taxa representa as pessoas que, na semana em que foi feita a pesquisa, estavam sem trabalho, mas procuraram emprego no período. O desemprego foi maior entre as mulheres, ficando em 9,6%, ante 5,2% para os homens. A taxa também caiu mais para eles entre 2007, quando era de 6,1%, e o ano passado. Para elas, a taxa era de 10,8% em 2007.

A pesquisa mostra ainda que a região com maior taxa de desemprego é o Sudeste: 7,8% da população não está ocupada, ante 4,9% no Sul. A segunda menor taxa é a da região Norte, com 6,5%. Centro-Oeste e Nordeste tiveram taxa de 7,5%. Vagas formais A pesquisa mostrou ainda que mais trabalhadores passaram a ter carteira assinada, o que por sua vez levou a mais funcionários contribuindo com algum tipo de previdência.

Foi uma alta de 7,1% no emprego com carteira assinada. Segundo o IBGE, dos 94,2 milhões de brasileiros ocupados em 2008, 52% contribuíam com algum instituto de previdência. Essas pessoas não necessariamente têm carteira assinada, pois os autônomos também podem contribuir ao INSS, por exemplo. O Sudeste tem o maior percentual de contribuintes à previdência, com 63% dos trabalhadores, seguido pelo Sul (59%) e Centro-Oeste (53%).

No Norte e Nordeste, os percentuais são bem menores: 38% e 34%, respectivamente. Rendimento O rendimento dos brasileiros que trabalham também subiu em 2008, apesar de, em termos reais (descontada a inflação), ainda ficar abaixo do nível alcançado em 1998. O rendimento no ano passado foi de R$ 1.041, ante R$ 1.024, em 2007, e R$ 1.074, em 1998. Na série histórica desde 1998, o rendimento chegou ao menor valor em 2004, com R$ 887, e depois passou a subir, acumulando alta de 17% nesses quatro anos até 2008. As mulheres, porém, ganham em média R$ 839, cerca de 72% do que os homens recebem (R$ 1.172).

O IBGE destaca, porém, que o rendimento subiu para todas as faixas de renda da população, mas subiu mais nas faixas mais baixas. Por exemplo, entre os 10% que têm os rendimentos mais altos, eles subiram 0,3%; entre os 10% que têm os rendimentos mais baixos, a alta foi de 4,3%. Houve, porém, queda nos rendimentos dos trabalhadores por conta própria, aqueles que exploram um negócio próprio e não têm funcionários. Os rendimentos deles caíram 4,8% entre 2007 e o ano passado, indo para R$ 799.



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