Caminhoneiros ameaçam entrar em greve após nova alta nos combustíveis

Presidente da Abrava diz que Paulo Guedes é o grande culpado, e afirma que não adianta Bolsonaro 'dar xilique'.

Presidente da Abrava diz que Paulo Guedes é o grande culpado, e afirma que não adianta Bolsonaro 'dar xilique'. | Reprodução/Divulgação
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Com o novo reajuste anunciado nesta sexta-feira, 17 de junho, pela Petrobras na gasolina e diesel, o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, também conhecido como Chorão, afirmou em nota divulgada à imprensa, que “a greve é o mais provável” para os caminhoneiros. A classe é diretamente impactada pela elevação do diesel.

“A verdade é que, de uma forma ou de outra, mantendo-se essa política cruel de preços da Petrobras, o país vai parar novamente. Se não for por greve, será pelo fato de se pagar para trabalhar”, sinalizou Landim.

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O presidente da Associação ainda tece duras críticas ao ministro da Economia Paulo Guedes; a categoria dos caminhoneiros que sempre concedeu apoio à atual gestão federal diz que se chegou 'em um ponto crítico'. "A grande falha e incompetência do Governo Bolsonaro foi não ter reestruturado a Petrobras e suas operações no início do governo, de não ter dado início a mudanças estruturantes na empresa. O governo se acomodou e, por ironia do destino, o Ministro apelidado de Posto Ipiranga, que deveria resolver esse problema, é o grande culpado deste caos, e hoje chegamos nesse ponto crítico, sendo que ainda temos sérios riscos de falta de diesel. Bolsonaro precisa entender que ficar dando “xilique” não vai resolver o problema", destacou.

Presidente da Abrava divulga nota com tom bem crítico (Foto: Reprodução)Abaixo, confira a nota da ABRAVA na íntegra:

Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores – ABRAVA, recebe com indignação a informação de nova alta dos combustíveis após 39 dias do último aumento.

Com o reajuste, o preço médio de venda de gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro (alta de 5,18%). Para o diesel, preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro (alta de 14,26%).

Estamos alertando há muito tempo das consequências dessa política de preços da Petrobras e caos econômico que ela está causando na sociedade.

Os caminhoneiros autônomos têm 3 grandes contas para pagar: 1º a nossa casa (aluguel, comida, luz, água e etc.), 2º o Diesel (sem ele o caminhão não anda), 3º a manutenção do caminhão. Essa 3ª conta não está sendo paga, colocando em risco sua própria vida e a de terceiros. O caminhoneiro está sendo esmagado pela inflação e pela alta do diesel.

A grande falha e incompetência do Governo Bolsonaro foi não ter reestruturado a Petrobras e suas operações no início do governo, de não ter dado início a mudanças estruturantes na empresa. O governo se acomodou e, por ironia do destino, o Ministro apelidado de Posto Ipiranga, que deveria resolver esse problema, é o grande culpado deste caos, e hoje chegamos nesse ponto crítico, sendo que ainda temos sérios riscos de falta de diesel. Bolsonaro precisa entender que ficar dando “xilique” não vai resolver o problema.

A verdade é que, de uma forma ou de outra, mantendo-se essa política cruel de preços da Petrobras, o país vai parar novamente. Se não for por greve, será pelo fato de se pagar para trabalhar. A greve é o mais provável.

Essa luta não é só dos caminhoneiros, mas de todo o povo Brasileiro.

São Paulo 17, de junho, de 2022.

Wallace Landim – Chorão Caminhoneiro

francyteixeira@meionorte.com



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