Celular pirata será coibido: Medida afeta vendedores

A baixa qualidade desses telefones aumenta o número de reclamações quanto ao serviço de telefonia.

Venda de celular pirata será coibida. | Reprodução
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No momento, duas notícias movimentam o mercado de telefonia celular neste final de ano: a primeira é de que as vendas globais de aparelhos do tipo smartphone registraram aumento de 46,9%, para 169,2 milhões de unidades.

Esse quadro foi noticiado na imprensa através de uma pesquisa da consultoria Gartner. No mesmo período, as vendas de celulares totalizaram 428 milhões, uma queda de 3,1% se comparada ao terceiro trimestre de 2011. Entre julho e setembro, a categoria de smartphones alcançou uma participação de 39,6% nas vendas totais de celulares.

A segunda notícia é de que as operadoras pretendem coibir o uso de telefones piratas através de um sistema de bloqueio, com o argumento de que a baixa qualidade desses telefones aumenta o número de reclamações quanto ao serviço de telefonia.

Essas duas premissas põem o mercado local em um contraponto. As vendas estão indo bem, mas os celulares ?alternativos? - alvo da futura proibição por parte das operadoras - têm uma procura muito grande em Teresina e representam uma fatia significativa desse mercado.

No Shopping da Cidade, em Teresina, são várias as bancas que comercializam esse tipo de produto. A pergunta inevitável é: como ficarão esses vendedores caso o uso desses aparelhos enfrente restrições por parte das empresas?

Um vendedor que preferiu não se identificar não sabia da intenção das companhias telefônicas de investir em um bloqueio dos aparelhos piratas, mas afirmou que não acredita que isso, de fato, aconteça. ?Aliás, podem até bloquear por um tempo, mas logo o pessoal encontra uma maneira de fazer funcionar de novo.

A pirataria é a coisa mais evoluída que conheço. Não tem jeito, o pessoal sempre descobre uma forma?, disse o vendedor, que também vende nos dois pontos de sua propriedade aparelhos no atacado ? nessa modalidade, ele chega a comercializar de 20 a 30 aparelhos por dia.

O comerciante afirma que a procura pelos celulares alternativos se dá principalmente por conta do custo. ?Enquanto um aparelho original custa de R$ 300 a 400, um modelo parecido sai aqui por R$ 100. A diferença de preços é muito grande?.

Muitos clientes chegam aos vendedores já sabendo das especificações que gostariam de encontrar em um celular.

?Eles chegam sabendo até mesmo sobre o sistema operacional, a exemplo do Android. Só que esses sistemas estão disponíveis apenas nos celulares originais. No entanto, esses modelos alternativos possuem vários aplicativos?, complementou o vendedor.



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