Com o dobro da fortuna de Eike, homem mais rico do Brasil tem uma trajetória excepcional

Lemann comprou a tradicional marca de ketchup Heinz.

Lemann, o homem mais rico do Brasil. | Reprodução
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A compra por US$ 28 bilhões da tradicional marca de ketchup Heinz, anunciada nesta quinta-feira (14), fez mais uma vez o bilionário brasileiro Jorge Paulo Lemann virar notícia em todo o mundo. Ele também é dono de outros ícones mundiais, como a cerveja Budweiser e o Burger King.

O homem mais rico do Brasil tem uma trajetória excepcional no mundo do negócios. O empresário possui uma fortuna estimada em US$ 19,1 bilhões, quase o dobro de Eike Batista, com US$ 10,8 bi, segundo ranking de bilionários da "Bloomberg".

Descendente de uma família suíça, o bilionário foi pentacampeão brasileiro de tênis, tendo participado de grandes competições, como o torneio de Wimbledon, por exemplo.

Formado em uma das universidades mais prestigiadas do mundo (Harvard, nos EUA), Lemann começou no mundo dos negócios trabalhando no banco Credit Suisse. Alguns anos depois, na década de 1970, fundou o próprio banco, o Garantia.

O banco foi um divisor de águas no setor no país, com um modelo de gestão baseado na meritocracia, seguindo o exemplo de sucesso do banco norte-americano Goldman Sachs. Os melhores profissionais eram muito bem remunerados e, desta forma, Lemann conseguiu atrair alguns dos mais brilhantes executivos brasileiros.

Com a venda do banco durante a crise asiática, em 1998, Lemann virou acionista da Gillette, e passou a conviver com o bilionário Warren Buffett. A relação rendeu frutos e, na quinta-feira, a dupla fechou um dos maiores negócios da história da indústria de alimentos, com a compra da Heinz, por US$ 28 bilhões.

Lemann começou a diversificar seus negócios ainda na época do Garantia. Em 1989, virou um dos donos da cervejaria Brahma. Já naquela época dizia que a transformaria na maior cervejaria do mundo.

Dez anos depois, Lemann liderou a compra da maior rival no país, a Antarctica. Naquele momento, a Ambev (resultado da fusão entre as duas empresas) se tornava a terceira maior cervejaria do mundo.

Hoje, o bilionário brasileiro é um dos principais acionistas da Anheuser-Busch InBev, a maior cervejaria do planeta, dona de marcas como Budweiser, Stella Artois, Brahma, Skol e Antarctica.

Outra gigante do varejo brasileiro, as Lojas Americanas também pertencem à 3G Capital, empresa da qual Jorge Paulo Lemann é o principal acionista. Após fechar parcerias com Walmart e transformar locadoras Blockbuster em pontos de venda, os controladores criaram uma gigante das compras online, a B2W, da junção com o Submarino.

A empresa de investimentos 3G Capital foi criada em 2004, em sociedade com Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira. Juntos há três décadas, o trio de investidores forma o time de bilionários brasileiros com maior sucesso nos negócios atualmente.

Um dos pontos altos desta trajetória foi a compra em 2010 da segunda maior rede de fast-food dos EUA, o Burger King, por cerca de US$ 4 bilhões.

Além de Burger King, AB Inbev e Heinz, quando ainda eram sócios da GP Investimentos compraram parte da América Latina Logística (ALL).

Segundo artigo do jornal "The New York Times", "a participação de Lemann como grande player no cenário mundial de grandes fusões reflete a ascensão do Brasil como grande potência mundial".

Apesar de ser uma fera nos negócios, Lemann sempre preferiu o estilo reservado na vida pessoal. Após uma tentativa de sequestro de três de cinco filhos, o bilionário chegou a se mudar para a Suíça.

Uma das prioridades do empresário no momento é o comando da Fundação Lemann, uma organização sem fins lucrativos com objetivo de melhorar a qualidade da educação pública no Brasil.



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