Começa procura por material escolar em Teresina

Muitos pais escolhem comprar no mês de dezembro por ser considerado o mês mais vazio nas lojas especializadas, mas essa realidade mudou, pois o movimento aumentou este mês

Material Escolar | Reprodução
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Ainda não começou o ano-novo, porém, desde dezembro, pais de alunos já procuram as papelarias e livrarias em Teresina. Ao mesmo tempo, inicia a preocupação com os preços, pois segundo a Associação Nacional de Livrarias (ANL), os livros didáticos tiveram aumento entre 8% a 10% em relação a 2013.

Muitos pais escolhem comprar no mês de dezembro, por ser considerado o mês mais vazio nas lojas especializadas, mas essa realidade mudou. É o que afirma Lindomar Rodrigues, gerente comercial de uma grande papelaria da cidade, que está surpreso com o varejo.

“Em dezembro, o movimento já está equivalendo a 20% do mês de janeiro, e isso é bom, pois tínhamos dificuldade em vender nessa época”, conta, animado.

A supervisora de papelaria, no centro, Jancinéia Oliveira, também afirma o mesmo em relação à procura por mateirial escolar, no mês de dezembro. “Os pais já estão procurando as papelarias, pois em dezembro as escolas já disponibilizam as listas de material escolar, e esperamos um aumento de 5% em relação ao último ano”, afirma.

A estudante Lilia Raquel, mãe de duas crianças, é uma das que preferiram comprar material escolar logo em dezembro. “As livrarias e papelarias estão mais vazias, então acho mais tranquilo”, afirma.

Por isso, as papelarias já estão com seu estoque pronto, mesmo sendo os meses de janeiro, até o início de fevereiro de alta nas vendas de material escolar. O gerente Lindomar explica. “Ano a ano as pessoas estão comprando mais cedo, mas sempre tem os que deixam para última hora”, diz.

Porém, os pais devem atentar aos preços. Somente de material escolar, fora os livros e mochilas, podem sair entre R$120 a R$ 360. Mesmo com essa média, o gerente acredita em variações. “Os preços são atípicos, pois muitas coisas da lista foram retiradas, então depende de cada escola”.

Esse valor interfere em toda estrutura da família, pois alguns materiais podem custar quase seis mil reais. Foi o caso da fonoaudióloga Maria Tânia Barbosa, que vê solução através do planejamento financeiro.

“Nossa prioridade é matrícula e material escolar, então reservamos pelo menos 50% do que recebemos para que no final do ano não fique muito carregado, se não, você pode entrar no ano seguinte devendo”.

Planejar para não se endividar

Em alguns casos, pais se endividam com as mensalidades atrasadas de seus filhos, mas tudo tem solução. O consultor financeiro Flávio Aragão confirma que o planejamento é a melhor decisão. "Os pais devem ter consciência das condições financeiras da família, e assim, fazer um planejamento doméstico".

O consultor atenta para alguns pontos. Caso esteja endividado e considere importante manter o filho no colégio, atenta: "Pode-se tentar negociar com o diretor da escola uma bolsa, pois os colégios fornecem bolsas para alguns alunos que realmente precisam, e com bons descontos.

Porém, se não chegar a um valor que caiba no bolso, é melhor retirá-lo do colégio e procurar outro que se encaixe na situação financeira da família", explica.

Além disso, os pais devem verificar se têm condições de pagar a mensalidade e todas as outras despesas envolvidas (fardamento, material escolar) sem se endividar, deixando atrasar.

Ao final, fazer um orçamento doméstico pra entender como está a real situação da família, e caso esteja com as contas equilibradas e sem reservas, é bom enxergar onde se podem cortar pequenos gastos desnecessários, para poder fazer uma reserva e ter anos mais tranquilos.

Procon alerta para listas abusivas

Algumas escolas pedem materiais como papel higiênico, álcool, tôner para impressora, fita adesiva, dentre outros, infração essa gravíssima sujeita a multa, pois são para uso coletivo e não para o uso individual do aluno.

Além disso, a escola tem por obrigação liberar para o próximo período de matrícula a lista de material escolar do aluno, acompanhado também das respectivas finalidades da utilização dos materiais. A lista ainda deve ser divulgada em locais de fácil acesso.

O problema não para por aí. Outras escolas exigem aos pais que comprem os materiais de seus filhos de determinadas marcas e lojas, por afinidade ou acordos financeiros. Essa atitude também é proibida.

PROCON - O conciliador do PROCON, Campelo Júnior, propõe medidas para quem se sentir lesado. "A partir do momento que os pais perceberem os exageros, devem ir à sede do PROCON munido da lista de material emitido pela escola, consequentemente tomaremos as devidas providências", ressalta.

Feira do livro é boa opção de economia

Facilidade e preço são os principais benefícios das feiras de livros usados, pois são boas alternativas para os pais não se endividarem com os altos preços de alguns livros. E são livros até pela metade do preço e de boa qualidade.

E no final do ano o movimento já aparece, mesmo que tímido, conta a funcionária Letícia Soares. "Vendemos mais barato com metade do preço, em relação às livrarias, que variam de 20 a 100 reais". É o que também afirma a feirante Carla Danielle.

A feira do livro usado de Teresina existe há mais de 20 anos e sempre na Praça do Fripisa, no centro da capital. Tem início no primeiro dia de dezembro, durando até o fim do mês de maio do ano seguinte.

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