Comércio de usados registra crescimento de 48,5% na pandemia

Bazar e aluguel de peças usadas conquistam mercado e cresce no Brasil.

Aluguel de brinquedos | Girdano
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Muita coisa mudou no comportamento das pessoas durante a pandemia e um ponto que chama a atenção é o controle financeiro, a preocupação maior com a preservação do meio ambiente foram alguns dos fatores que impulsionaram o mercado de produtos usados no Brasil.

Segundo levantamento feito pelo Sebrae, com base em dados da Receita Federal, a abertura de estabelecimentos que comercializam produtos de segunda mão registrou um crescimento de 48,58%, entre os primeiros semestres de 2020 e 2021.

Brinquedos para aluguel (Divulgação)

Segundo levantamento, no primeiro semestre deste ano, foram 2.104 novas empresas nesse segmento, sendo 1.875 microempreendedores individuais (MEI) e 229 empresas de pequeno porte. No mesmo período do ano passado, haviam sido criados 1.298 MEI e 118 empresas de pequeno porte. Esse incremento na abertura de novos negócios no comércio de itens usados, verificado entre os seis primeiros meses de 2020 e 2021, é o maior em seis anos.

Para o gerente de competitividade do Sebrae, Cesar Rissete, uma das formas de economizar encontrada pelas pessoas foi vender produtos que não usavam mais e que ainda tinham condições de uso, assim como a compra de artigos de segunda mão. “Tanto o apelo de preservação do meio ambiente quanto a pandemia do coronavírus fizeram com que as pessoas tivessem uma preocupação maior com o futuro e percebessem o valor dos produtos usados. Existem muitos que são praticamente novos, mesmo em produtos não tão duráveis como roupas, por exemplo”, observa o gestor.

Sammya investe em aluguel de brinquedos

Piauí

No Piauí, Sammya Endy Siqueira Dantas Barbosa, formada em Fisioterapia, descobriu no mercado de brinquedos uma forma de tocar a vida, fazendo algo que gosta e desde agosto de 2018 começou a trabalhar com aluguel de brinquedos e diz que este segmento está em constante crescimento e tem um futuro promissor.

Com a "Aluguel de Brinquedos Teresina", Sammya aproveita as vantagens da tecnologia e seu negócio funciona apenas no formato on-line.  "Tenho um local de apoio dos brinquedos onde o povo pode efetuar a retirada, porém não há loja física pelo menos no momento, não", diz.

A sua loja nasceu a partir das redes sociais e hoje a maior parte da movimentação é feita neste universo. É pelas redes sociais que ela aluga brinquedos e acessórios que costumam ser vendidos a preços exorbitantes e que são utilizados por curto período de tempo, não compensando a compra por parte dos pais, visto que os brinquedos e acessórios caem desuso rapidamente.

Brinquedos embalados paga aluguel (Divulgação)

Brinquedos

Samya trabalha com brinquedos para todas as faixas de idade. Os pais encontram peças para crianças desde o nascimento até os 2 anos de idade. "Os preferidos são os jumperoos e os andadores são os queridinhos aqui, quase todo dia tem saída deles", informa.

A empresária conta que tem 3 anos de empresa e agora que começou a renovar alguns brinquedos. "São itens que ainda estão em bom estado, porém um adesivo que se desgasta ou um tecido que mancha são meus únicos problemas até o momento! São todos de marcas renomadas e conhecidas por isso tem uma durabilidade boa", conta.

Sammya diz que os brinquedos são lavados com água e sabão neutro e álcoo 70. "Esses cuidados eram observados mesmo antes da pandemia. Sempre foi uma preocupação nossa", diz, enfatizando que o acervo já fica embalado para entrega.

Com uma média de 20 a 25 brinquedos alugados por semana, a meta de Sammya é, no momento,  investir em brinquedos que ainda não tem em seu acervo. "A procura está cada vez maior e a tendência é só crescer", diz a empresária.

Ela acredita que o mercado não é pouco explorado. "Diria pouco conhecido porque tem mais lojas que trabalham com isso e ouvimos muito dos clientes novos mencionarem que não sabiam desse serviço na nossa região", comenta.

Venda de roupas usadas em bazar realizado em igreja evangélica (Divulgação)Bazar

Roupas e calçados usados mas em bom estado de conservação foram parar num bazar realizado no dia 11 de setembro na Igreja Evangélica O Brasil para Cristo, no Lourival Parente.

"São itens que têm ainda um tempo de vida útil", diz a pastora Leila Mendes, que organizou o bazar para arrecadar recursos para realizar um congresso de mulheres ainda este ano.

Com preços que vão de R$ 2,00 a 40,00, foi possível arrecadar por volta de R$ 780,00. "Todos os itens são avaliados e só colocamos no bazar roupas que terão bom tempo de uso", explica, informando que as peças não comercializadas são doadas a famílias carentes.



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