Como Brasil reage crise econômica nos EUA?

Preocupação gira em torno de crédito, câmbio, inflação e juros das bolsas pelo Mundo

Como o Brasil reage à crise nos EUA? | Diário do Nordeste
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Os ?ltimos dias foram marcados pelo sobe e desce das bolsas ao redor do mundo ? conseq??ncia do pedido de concordata do banco norte-americano Lehman Brothers. Segunda-feira passada, a Bovespa teve seu pior tombo desde os atentados de 11 de setembro: 7,59%. No entanto, a semana que prometia ser ?maldita? encerrou com um avan?o de 9,57%, n?o apenas anulando as perdas, mas tamb?m atingindo sua maior valoriza??o em um ?nico dia desde janeiro de 1999.

Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, o pacote de ajuda anunciado pelo governo americano alivia a situa??o, mas n?o ? garantia do fim da crise. Mas por que os problemas de um banco de investimentos nos Estados Unidos afetam a economia de tantos pa?ses, inclusive o nosso? O que a quebra de uma institui??o especializada em grandes e complexas opera?es financeiras tem a ver com a vida e o bolso do brasileiro comum?

Embora ningu?m tenha cheque ou conta corrente do Lehman Brothers, nem mesmo nos Estados Unidos, o colapso da institui??o mexe no bolso de milh?es de pessoas em todo o mundo ? pelo menos indiretamente. ?N?o h? como fugir disso, todos os pa?ses s?o sens?veis ao que acontece nos Estados Unidos, afinal eles representam 30% da economia mundial?, diz Roberto Vertamatti, diretor executivo de Finan?as da Anefac (Associa??o Nacional dos Executivos de Finan?as, Administra??o e Contabilidade).

No caso do Brasil, a preocupa??o gira basicamente em torno de quatro pilares que afetam ? popula??o: cr?dito, c?mbio, infla??o e juros. Quarto maior banco de investimentos dos Estados Unidos, o Lehman Brothers, ao entrar em colapso, intensificou a crise de liq?idez que se estendia desde 2007.

A sorte ? que quase n?o existem institui?es financeiras nacionais ligadas ao foco da crise, como Estados Unidos e Europa. Mas h? outro problema: investidores estrangeiros chegaram a retirar dinheiro do Brasil para cobrir preju?zos em outros mercados. Retornaram na sexta-feira, comprando ?blue-chips?, as a?es l?deres do mercado acion?rio. O movimento acompanhou o entusiasmo das demais bolsas com o an?ncio do plano americano contra a crise de cr?dito, acarretando uma valoriza??o de 9,57%.

Contudo isso n?o significa que a crise foi dissipada e o Brasil descansa seguro. ?N?o d? para prever se ? o fim da crise da norte-americana e nem at? que ponto ela afetou nossa economia?, pondera o economista Henrique Marinho, professor da Unifor (Universidade de Fortaleza). Para ele, ? preciso esperar por ?ndices mais consistentes. ?Certamente o pacote anunciado pelo governo americano deu um al?vio na falta de liq?idez mundial, mas acredito que a crise ainda n?o acabou?, opina o economista.

Se vier mais alguma not?cia negativa dos Estados Unidos, pode haver nova derrocada das bolsas ? como aconteceu com a venda da Merril Lynch ao Bank of America. E isso provavelmente significaria mais uma fuga de investimentos estrangeiros. Antes da retomada da Bovespa, na sexta, a sa?da de d?lares do Pa?s durante a semana for?ou o c?mbio, que fechou cotado a R$ 1,930 na quinta-feira, ap?s bater os R$ 1,960.

No dia seguinte, como resultado do leil?o do BC (Banco Central), o d?lar foi cotado a R$ 1,831 na venda, em decl?nio de 5,12%. Se a moeda norte-americana voltar a subir nesse ritmo ?assustador?, Marinho afirma que o efeito imediato ? uma alta inflacion?ria, pelo aumento de produtos e insumos importados. Custos esses que inevitavelmente s?o repassados ao consumidor final.



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