Cooperativas do MST atingem boom de R$ 17,5 milhões na agricultura familiar

Sete cooperativas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) revelaram o faturamento

Produtora do MST, Alcinda Soares Ribeiro, no plantio de arroz orgânico da organização. — Foto: Arquivo Pessoal. | Foto: Arquivo Pessoal.
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Lucro que vem da terra. Sete cooperativas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) concluíram na noite de quarta-feira (15) a captação de R$ 17,5 milhões para financiar a produção de alimentos orgânicos e da agricultura familiar.

O boom foram captados pelo cultivos como arroz, feijão, milho, laticínios, açúcar, entre outros, nos estados nos estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.

No total, foram 1.518 investidores que compraram Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), modalidade de títulos de renda fixa que financia a produção no campo.

Produtora do MST, Alcinda Soares Ribeiro, no plantio de arroz orgânico da organização. — Foto: Arquivo Pessoal.

Os investidores compraram os títulos a partir de R$ 100, com uma remuneração pré-fixada de 5,5% ao ano, que será paga com o lucro da produção das sete cooperativas do MST.

O CRA do MST tem um prazo de 5 anos, o que significa que é só depois desse período que o investidor terá o resgate do dinheiro aplicado. Além disso, tem isenção de Imposto de Renda.

Foi a primeira vez que o MST faz uma oferta pública no mercado de capitais, aberta a qualquer tipo de investidor.

Mas não foi a sua estreia no mercado financeiro. Em maio de 2020, o grupo fez uma oferta restrita de CRA, ou seja, voltada apenas para investidores qualificados, que possuem patrimônio investido igual ou acima de R$ 1 milhão.

A securitizadora responsável pela emissão dos papeis é a Gaia Impacto e os títulos foram disponibilizados aos investidores pela Terra Investimentos.

Suspensão e retomada

A oferta das sete cooperativas foi aberta no dia 27 de julho, mas chegou a ser suspensa três dias depois pela Comissão de Valores Imobiliários (CVM), órgão ligado ao Ministério da Economia.

No dia 23 de agosto, porém, a CVM revogou a decisão, afirmando que "a irregularidade identificada foi sanada".

Conheça a seguir as sete cooperativas:

Cooperativa de Comercialização e Reforma Agrária Avante (Coana)

Estado: Paraná

Famílias: 231 ativas e cerca de 1 mil envolvidas nas brigadas em assentamentos na região

Produtos: leite, queijos, manteiga, requeijão, arroz, feijão, entre outros.

Cooperativa de Produção, Industrialização e Comercialização Agropecuária dos Assentados e Agricultores Familiares da Região Nordeste do Estado de São Paulo (Coapar)

Estado: São Paulo

Famílias: 455

Produtos: leite, achocolatados, queijos, iogurtes, requeijão, hortifruti, feijão carioquinha, entre outros.

Cooperativa Agroindustrial Ceres (Coopaceres)

Estado: Mato Grosso do Sul

Famílias: 39

Produtos: sementes não transgênicas de soja, milho, arroz, entre outras. Todas são certificadas pelo Ministério da Agricultura e Fundação Prosementes.

Cooperativa Regional de Comercialização do Extremo Oeste (Cooperoeste)

Estado: Santa Catarina

Famílias: 1.700

Produtos: laticínios

Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre Ltda (Cootap)

Estado: Rio Grande do Sul

Famílias: 609

Produtos: arroz, sucos, geleias, entre outros.

Cooperativa Agroindustrial de Produção e Comercialização Conquista (Copacon)

Estado: Paraná

Famílias: 350

Produtos: laticínios, arroz, feijão, milho, soja, hortaliças, frutas, sucos, geleias, entre outros

Cooperativa de Produção Agropecuária Vitória (Copavi)

Estado: Paraná

Famílias: 138

Produtos: açúcar mascavo, cachaça, melado de cana, entre outros.



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