Empreendedores incluem a cultura piauiense em seus negócios

Empresários se inspiram na natureza e na cultura regional para inserir em seus produtos

Cerâmicas pintadas por Flávia Sá | Divulgação
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A natureza, as cores, o calor, a cultura e os elementos que fazem parte da cultura regional serviram de inspiração para empreendedores que resolveram levar para seus negócios o que o Nordeste tem de mais bonito.

A empresária Thamires Emanuelle Costa de Moraes Terto personalizou os copos e criou o Copo Brasileiro, que hoje tem mais de 50 modelos disponíveis para pronta-entrega. “Trabalhamos apenas com os modelos tipo americano e foi a partir dessa escolha do produto que definimos o nome da marca”, explica Thamires, enfatizando que o regionalismo e expressões do Piauiês estão em seus produtos.

“Os piauienses se identificam com as escolhas das expressões que a gente coloca no copo e o adquirem para se divertirem e também para presentear amigos/familiares que moram aqui e até em outras cidades e estados. Estamos falando de pertencimento, de expressões que fizeram e ainda fazem parte da nossa história”, relata.

Valorização 

Segundo Thamires, o marido foi sua principal inspiração para começar o Copo Brasileiro. “Ele tem um gosto peculiar de tomar sua cervejinha no copo tipo americano, e antes mesmo da Pandemia do Covid- 19, gostava utilizar o rótulo da cerveja para identificar o copo que tava usando, mas como nem todas as cervejas têm rótulo, um dia numa reunião com alguns amigos não conseguiu o mesmo para identificá- lo e ele disse assim: "Qual o meu copo mesmo?" E depois pediu um esmalte de unha para a dona da casa que estávamos e escreveu seu nome abreviado pra não ter o perigo de confundir com os demais. E como eu já estava comercializando as canecas para um outro projeto, naquele momento tive um insignt e foi numa mesa com uns amigos que a ideia do Copo Brasileiro surgiu”, conta.

Assim, a marca tem personalidade própria, mas ela carrega a experiência de Thamires que tem graduação, duas especializações e experiência de trabalho em grandes empresas, além de um gosto peculiar por música brasileira e regional, livros e um olhar diferenciado para o comportamento humano.

Para a empreendedora, a marca tem história e a principal referência é a Grande Enciclopédia Internacional de Piauiês do Paulo José Cunha e também as prosas do cotidiano.

Copos personalizados conquistam clientela (Divulgação)

Piauiês

Thamires conta que um dos primeiros copos foi o “Feito no Piauí” e depois vieram pedidos para confeccionar o 'Nãm, Mermã'; “Assim começamos o nosso processo de pesquisas com as melhores e mais faladas expressões e hoje são mais de 30 copos com o Piauiês, literalmente, o Piauiês está na boca da galera”, conta.

Os primeiros clientes foram amigos e familiares. Mas logo com a divulgação nas redes sociais, os produtos ganharam o gosto do público e tem boa aceitação dos piauienses, que entenderam a essência e curtem bastante o Copo Brasileiro.

Por enquanto, a comercialização é exclusiva para Teresina, pois a empresária ainda não definiu a embalagem para envio a outros estados. “Mas já temos copo espalhado por todo o Brasil. Recebemos quase toda semana uma encomenda de clientes que querem presentear pessoas de outros lugares quando eles viajam”, diz, enfatizando que nos próximos meses planeja fazer envio para outros estados e oferecer outros modelos dos produtos da linha americano.

Thamires insere o Piauiês nos produtos que confecciona (Divulgação)

Proposta ousada

A empresa é pequena, mas com proposta ousada. “Temos quase três meses de empresa e iniciamos com quatro modelos, sendo seis unidades de cada e o total de 24 copos e hoje vendemos numa média de 200 copos por semana”, diz a empresária que pretende levar o nome do Piauí para todo canto do Brasil com o Copo Brasileiro e também de fazer parcerias com pequenos produtores artesanais que tenham valores parecidos e mostrar que o bom do Piauí são as coisas feitas por piauienses.

Lucas aposta nas cores e belezas do Nordeste

O empresário Lucas Rubim de Aguiar apostou nas cores, no calor e nas belezas do Nordeste a inspiração para sua marca Aballô Tshirts. Ele resolveu investir com criatividade e implementar novidades na empresa já existente.

Com energia, Lucas diz que a marca veio para resgatar e mostrar o orgulho de ser piauiense. “A Aballô Tshirts tem fabricação própria, feita na nossa linda e quente Teresina”, diz o empresário, que cria peças originais, com criatividade e gera renda para o seu estado.

A marca tem peças com muita cor, estampas exclusivas feitas no Piauí e por piauienses para o Brasil e o mundo.

Cultura regional presente nas peças de Lucas (Divulgação)

Proposta é ver o Nordeste vestindo sua cultura

A proposta, segundo Lucas, é ver o nordestino usando e vestindo sua cultura, sem medo de ser feliz. “Afinal de contas, somos o povo mais caloroso e alegre do Brasil”, afirma.

O negócio, por enquanto, tem pouco volume. No entanto, Lucas diz que recebe fotos de clientes usando as peças em muitos lugares do Brasil e até do exterior. “Enviamos peças para qualquer lugar do Brasil”, diz, afirmando que sua perspectiva é ver todos vacinados para que as pessoas possam sair, viajar e comemorar usando as peças da Aballô Tshirts.

Lucas exibe cor e as belezas do Piauí e Nordeste (Divulgação)

A meta do empresário é diversificar e confeccionar bolsas, almofadas, chinelos e todos com elementos da cultura piauiense.

Flávia Sá: muito amor envolvido

A artista plástica Flávia Sá criou a Com Por Amor em plena pandemia e com seu trabalho ela conquistou o mercado e vende, em média, 20 peças por semana. Formada em Administração, Flávia se encontrou na pintura e hoje sua profissão é maquiadora e artista plástica.

Flávia Sá pinta em cerâmica (Divulgação)

Flávia explica que pinta com amor e por amor. Daí o nome da marca que é inspirada no sertão, especialmente na caatinga piauiense, nas inscrições rupestres, nas folhagens e na natureza.

Flávia diz que seu forte são as cerâmicas, mas ela também pinta em madeiras, sapateiras, tetos de vidro, MDF e também produz telas. “Neste final de semana participei da Feira das Praças na sexta-feira e no sábado na Praça Saraiva", informa Flávia, que vende suas peças por meio das redes sociais.

Peças comercializadas por Flávia (Divulgação)



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