Empresas usam redes sociais, como Twitter, para criar produtos

Pepsico, Whirlpool, Tecnisa e Bradesco, entre outras, monitoram Twitter e Facebook para alimentar suas áreas de criação.

Facebook. | Reprodução
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Depois da publicidade e do SAC, empresas estão investindo em uma nova frente nas redes sociais: a inovação.

Pepsico, Whirlpool, Tecnisa e Bradesco, entre outras, monitoram Twitter e Facebook para alimentar suas áreas de criação - e também encaram o desafio de incorporar os dados ao processo tradicional de desenvolvimento de produtos. Desta prática já saíram edifícios com uso compartilhado de bicicletas, sabores de salgadinho e novidades nos serviços bancários.

O trabalho de coleta é como uma garimpagem. "Tudo é visto com cuidado. No geral, o consumidor quer mais do mesmo, porém mais barato", afirmou Cris Monteiro, gerente de marketing da Pepsico do Brasil, durante a Social Media Week, evento de redes sociais que acontece nesta semana no MIS. "Quando achamos que uma ideia tem potencial, a avaliamos em outro ambiente, mais diversificado."

Na construtora Tecnisa, este processo de validação das ideias é acompanhado desde o início por um gestor. "É um profissional capaz de entender se aquilo faz sentido dentro da filosofia de negócios da empresa", diz Paulo Schiavon, gerente de mídia on-line da empresa. As áreas competentes são então convocadas. "É uma curadoria interna de ideias."

As duas companhias têm cases de sucesso nas redes sociais. A Pepsico obteve 2 milhões de sugestões com a promoção "Faça-me um sabor", para a batata-frita Ruffles. "Recebemos também muitas informações sobre o que fazer com a marca", diz Cris Monteiro.

A Tecnisa fechou a venda de um apartamento pelo Twitter, em 2009, e mantém as redes como uma de oito fontes de inputs para inovação. Das plataformas on-line, já extraiu mais de 1.100 sugestões - 30 estão em desenvolvimento (como um projeto de garagem decorada) e, recentemente, foram lançados dois empreendimentos com "bike sharing", sistema de uso compartilhado de bicicletas.

O Bradesco criou uma nova forma de reestabelecer senhas de cartões. No banco, o volume de menções a um tema é monitorado para detectar tendências. "Temos uma média de 1,1 milhão de interações e 250 "insights" por dia no call center [que inclui as redes sociais]", afirma Luca Cavalcanti, diretor de canais digitais Dia&Noite do Bradesco. "Todos os dias, as principais ocorrências nas redes sociais são informadas diretamente ao presidente, sem filtro."

Na Whirlpool, uma equipe seleciona os "insights" e encaminha às áreas de tecnologia e inovação. "Realizamos diversos estudos e pesquisas, inclusive com a participação desses internautas que enviam sugestões", afirma Daniela Cianciaruso, gerente geral de marketing da Whirlpool Latin America. Da ideia ao produto, são até dois anos.



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