Fiesp defende redução de jornada de trabalho e dos salários de servidores em São Paulo

Skaf também informou que os empresários reunidos não se comprometeram a não demitir

Empresas pedem reduções em São Paulo | Divulgação
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Em reunião do Conselho Superior Estratégico da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), cerca de 30 empresários foram unânimes sobre a redução de jornada de trabalho com redução de salário como alternativas ao desemprego.

"Há unanimidade neste ponto. Grandes grupos estudam essa possibilidade para evitar demissões", disse o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, após o encontro que reuniu presidentes da Vale, Embraer, grupo Votorantim, Gol, Gradiente, entre outros nesta quarta-feira (14).

De acordo com Sakf, a idéia é acelerar esse "entendimento" com sindicatos trabalhistas e patronais, partindo de São Paulo como exemplo, em busca de um cenário mais claro para o tema já na quinta-feira da semana que vem, quando a entidade se reunirá novamente com sindicalistas, a exemplo do que já fez na terça-feira.

Mesmo sem a participação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no encontro, Skaf diz que há canal de comunicação com o sindicato, mas que "isso será feito com CUT ou sem CUT". Na avaliação de Skaf, é preciso "coragem para quebrar paradigmas" no atual cenário em benefício de todos.

Pressionadas pela retração do crédito internacional e pela redução da atividade, as empresas buscam entendimento com sindicatos para que a medida de redução de 25% da jornada de trabalho e do salário, prevista em lei, possa ser adotada o mais breve possível.

Skaf também informou que os empresários reunidos não se comprometeram a não demitir. Ele ressaltou que a possibilidade está dentro da lei e que a Fiesp tem estimulado esse tipo de acordo no lugar dos possíveis cortes.

Selic

Os empresários também concordaram que é necessária uma taxa básica de juros menor. Segundo Skaf, "se a taxa de juros não baixar, parte da culpa do desemprego será do governo", disse.

Ele citou que em muitos países a taxa foi reduzida e em parte deles está negativa. "Não haveria nenhum problema se a taxa estivesse em 8, 9%", afirmou, referindo-se à taxa que hoje é de 13,75%.

Segundo Skaf, com uma taxa de 8,75%, o Brasil deixaria de pagar algo como "R$ 70 bilhões em juros da dívida".



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES