Mercado financeiro reduz previsão de alta da inflação em 2022

É a terceira semana seguida em que economistas do mercado reduzem a estimativa de inflação. Previsão para o PIB subiu de 1,59% para 1,75%.

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O mercado financeiro reduziu de 7,67% para 7,54% a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano. O índice mede a inflação oficial do país.

A nova projeção consta do boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (18) pelo Banco Central. Os dados foram colhidos na semana passada, em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.

Índice mede a inflação oficial do país (Foto: reprodução)

É a terceira redução seguida na estimativa da inflação para 2022. A queda coincide com a redução de impostos cobrados sobre itens essenciais, como combustíveis e energia elétrica, que têm peso importante na composição do IPCA, além de afetarem indiretamente o preço de diversos produtos.

A redução de impostos foi uma ofensiva do governo e do Congresso para tentar segurar os preços neste ano eleitoral — o que deve elevar a inflação de 2023.

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Para o próximo ano, os economistas do mercado elevaram a estimativa de inflação de 5,09% para 5,20%, a 15ª alta consecutiva na previsão.

Economistas já tinham alertado que medidas do governo federal e do Congresso Nacional para reduzir os preços ao consumidor até poderiam amenizar a inflação em 2022, mas deveriam pressionar o índice em 2023.

Estouro da meta

Caso confirmada a expectativa dos analistas do mercado, a inflação vai estourar o teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Para 2022, o teto da meta é de 5%. Em 2023, 4,75%. Em ambos os casos, as projeções do mercado estão acima do limite e longe do centro da meta, que era de 3,5% e 3,25%, respectivamente.

Em 2021, o governo estourou o teto da meta de inflação. Quando isso acontece, o presidente do Banco Central é obrigado a divulgar carta pública explicando as razões.

Produto Interno Bruto

O mercado financeiro também passou a prever um alta maior do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022, mas manteve inalterada a expectativa de crescimento para o próximo ano.

A previsão é que a economia brasileira cresça 1,75% em 2022, ante 1,59% previsto anteriormente. Já para 2023, a previsão continua numa alta de apenas 0,50%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

Taxa de juros

Para a taxa básica de juros da economia, a Selic, o mercado manteve a previsão de encerrar o ano em 13,75%. Atualmente, a Selic é de 13,25% ao ano, a maior desde dezembro de 2016. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, responsável por definir a taxa, sinalizou uma nova alta em agosto, para 13,5% ou 13,75%. O Copom também vem sinalizando de que os juros vão se manter altos por um período significativo.

Para 2023, os economistas do mercado esperam que a taxa encerre o ano em 10,75%. No boletim anterior, a previsão era de uma Selic a 10,50% no fim do próximo ano. A Selic é usada, entre outros fins, para combater a inflação.

Outras estimativas

Dólar: a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2022 permaneceu em R$ 5,13. Para 2023, ficou em R$ 5,10, mesma previsão do boletim anterior.

Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção caiu de US$ 70 bilhões para US$ 68,18 bilhões de resultado positivo em 2022. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado passou de US$ 60,71 bilhões para US$ 60 bilhões de superávit.

Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano caiu de US$ 58,40 bilhões para US$ 57,20 bilhões. Para 2023, a estimativa despencou de US$ 66,15 bilhões para US$ 60,50 bilhões de ingresso.



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