Mercado prevê queda da inflação de 6,03% para 5,8% em 2023

A estimativa para 2023 ainda está acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,25%

Banco Central | Marcello Casal Jr./Agência Brasil
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De acordo com o mais recente Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (22), as instituições financeiras reduziram a previsão da inflação para este ano. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado o indicador oficial de inflação do país, teve sua estimativa revisada de 6,03% para 5,8%. Para o ano de 2024, a projeção da inflação permaneceu em 4,13%, enquanto para os anos de 2025 e 2026, as previsões se mantiveram em 4% para ambos os anos. 

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano passou de 1,02% para 1,2%. Para o próximo ano, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, é de crescimento de 1,3%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,7% e 1,8%, respectivamente. A previsão para a cotação do dólar está em R$ 5,15 para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,20.

A estimativa para 2023 ainda está acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Isso significa que o limite inferior é de 1,75% e o limite superior é de 4,75%. O Banco Central estima uma probabilidade de 83% de que a inflação oficial ultrapasse o limite superior da meta em 2023.

A projeção do mercado para a inflação em 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, porém ainda dentro da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. No mês de abril, o IPCA registrou um aumento de 0,61%, influenciado principalmente pelo aumento nos preços dos medicamentos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse resultado é menor do que a taxa registrada em março, que foi de 0,71%. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice apresenta uma alta de 4,18%.

Taxa básica de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, conhecida como Selic. Atualmente, a Selic está fixada em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Essa taxa está em vigor desde agosto do ano passado e é a mais alta desde janeiro de 2017, quando também estava no mesmo patamar.

A expectativa do mercado financeiro é de que a Selic encerre o ano em 12,5%. Para o final de 2024, a estimativa é de uma queda para 10% ao ano. Já para os anos de 2025 e 2026, as projeções são de que a Selic fique em 9% e 8,75% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, busca-se controlar a demanda aquecida, o que impacta os preços, pois os juros mais altos encarecem o crédito e incentivam a poupança. Portanto, taxas mais elevadas também podem dificultar a expansão da economia. No entanto, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na definição das taxas de juros para os consumidores, como risco de inadimplência, lucratividade e despesas administrativas.



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