Obras para a Copa em Fortaleza, onde Brasil joga, somam R$ 1,7 bi

Como alguns projetos ainda não terminaram, a quantia deve aumentar.

Arena Castelão | Getty
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Os recursos para a Copa do Mundo em Fortaleza, onde o Brasil joga nesta sexta-feira contra a Colômbia, somaram até agora R$ 1,736 bilhão, entre reforma do estádio e do aeroporto, obras de mobilidade urbana e outras.

Dando continuidade a uma série de posts sobre os gastos com a Copa nas cidades-sedes do evento, este blog mostra quanto foi destinado às obras em Fortaleza, de onde veio o dinheiro, o que foi feito e quais obras ainda não foram terminadas. Os valores se referem a quanto foi contratado até o momento. Como alguns projetos ainda não terminaram, a quantia deve aumentar.

Estádio

Para o estádio Governador Plácido Castelo, conhecido como Castelão, o orçamento contratado foi de R$ 519 milhões, sendo que R$ 352 milhões foram financiados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e R$ 167 milhões saíram direto do orçamento do Governo do Estado do Ceará.

Quem vai pagar os R$ 352 milhões emprestados pelo BNDES é o governo estadual. Como o banco cobra uma taxa de juros abaixo do mercado, a participação do governo federal nos gastos do estádio ocorre indiretamente. Ela consiste na diferença entre quanto o Tesouro Nacional paga quando toma dinheiro emprestado e quando está cobrando nesse empréstimo. O valor ainda não foi calculado.

Aeroporto

Os recursos contratados para a reforma do Aeroporto Internacional Plínio Martins somaram R$ 405 milhões e são de responsabilidade da Infraero, estatal que administra aeroportos. Dessa quantia, apenas R$ 62 milhões haviam sido desembolsados até fevereiro, data da última atualização dos dados que a Controladoria-Geral da União disponibiliza.

O projeto inclui reforma e ampliação do terminal de passageiros e adequação do sistema viário. Até aquele fevereiro (dado mais atual), menos de um quinto da obra estava concluído.

Mobilidade

Foram traçadas seis ações de mobilidade urbana para a Copa em Fortaleza. Os recursos contratados até agora somam R$ 617 milhões, dos quais R$ 410 milhões financiados pela Caixa Econômica Federal.

Das seis ações, três são projetos para BRT (?Bus Rapid Transit", espécie de corredores expressos de ônibus). Foram contratados R$ 179 milhões para essas obras, mas apenas R$ 62 milhões já foram pagos. O BRT mais adiantado é do da avenida Alberto Craveiro, com 97% da obra concluída em maio (dado mais recente). No da avenida Paulino Rocha, o percentual de execução física é de 64%, e o da avenida Dedé Brasil, de apenas 9%. Essas obras são de responsabilidade da Prefeitura de Fortaleza e o financiamento é da Caixa.

Outra obra de responsabilidade da prefeitura é o projeto Eixo Via Expressa/Raul Barbosa, que inclui reforma da avenida, construção de quatro túneis e um viaduto. Para isso, foram contratados R$ 218 milhões, mas somente R$ 696 foram pagos. Do financiamento total, R$ 142 milhões, somente R$ 11 milhões foram liberados pela Caixa. O percentual de execução física da obra está em 13%.

A implantação de duas novas estações de metrô (Padre Cícero e JK) e o VLT (Veículo Leve sobre Trilho) ligando a estação e o Porto de Mucuripe ficaram sob responsabilidade do governo do Estado. Para a primeira obra, o valor contratado foi de R$ 20 milhões, dos quais R$ 9 milhões foram pagos até abril (dado mais recente). Somente 50% da execução foi concluída.

No caso do VLT, o valor contratado é de R$ 200 milhões, dos quais apenas R$ 54 milhões foram pagos. O percentual de execução física da obra era de 49% em maio.

Porto

No setor portuário, o projeto para a Copa em Fortaleza foi a construção do Terminal Marítimo de Mucuripe, que inclui a construção de um terminal de passageiros e de um cais, a pavimentação dos acessos e o estacionamento.

As informações dessa obra que ficam disponíveis para o público no Portal da Transparência do governo federal não estão atualizadas, o que dificulta o acompanhamento pelos cidadãos. Os dados mais recentes são de janeiro de 2013. Naquele momento, os recursos contratados chegaram a R$ 176 milhões e 20% da obra havia sido executada.

Estrutura temporária

Em Fortaleza, foi construída uma estrutura temporária para a Copa das Confederações, na qual o Governo do Estado do Ceará gastou R$ 20 milhões, já considerada também a desmontagem.



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