Pesquisa revela perfil dos comerciários

O estudo que é realizado a cada dois anos e revela as condições de trabalho e os níveis de satisfação dos trabalhadores do comércio

Principal queixa se dá em relação aos salários | SINDCOM
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Marcilany Rodrigues

Da Editoria de Economia

O país, e também o Piauí, vivem um momento de estabilidade na economia com indicadores que revelam evolução nas vendas e incremento do poder e compra da população. Em contrapartida, segundo revela a pesquisa ?Perfil dos comerciários de Teresina 2010?, realizada pelo Instituto Amostragem, não houve evolução e melhorias nas condições de trabalho para os comerciários.

O estudo, que é realizado a cada dois anos e está na sua quarta edição, foi encomendado pelo Sindicato dos Empregados do Comércio e Serviços de Teresina e revela as condições de trabalho e os níveis de satisfação dos trabalhadores do setor. Para essa pesquisa foram ouvidos 300 comerciários que responderam a um questionário com estrutura de perguntas abertas e fechadas.

De acordo com Gilberto Paixão, secretários geral do Sindicato dos Comerciários, os pontos negativos revelados pela pesquisa são preocupantes, tendo em vista que o momento é de crescimento da economia e deveria haver a valorização do trabalhador. ?A pesquisa revela que ainda são latentes problemas como salários abaixo do valor de mercado, extensas jornadas de trabalho, a eliminação de direitos básicos, como é o caso do vale transporte e a grande rotatividade, fora outros problemas?, pontua.

Os setores onde ocorrem as maiores insatisfações e reclamações por parte dos trabalhadores são aqueles referentes a supermercados e shopping, como destaca Gilberto Paixão. ?A falta de pessoal para a formação de equipes de revezamento faz com que os comerciários desses estabelecimentos acumulem várias funções e sofram por não ter as folgas às quais têm direito e nem recebem pagamento adequado pelas horas extras pelos períodos que trabalharam a mais?, argumenta.

Para o Sindicato dos Comerciários a realização da pesquisa de opinião entre os trabalhadores do comércio é uma importante ferramenta para avaliar as ações que estão sendo desenvolvidas pela instituição. ?Além de servir para direcionarmos e planejarmos com mais eficiência as nossas ações, também é através dessa pesquisa que confirmamos os problemas que precisam ter cobradas as soluções?, finaliza Gilberto Paixão. (M.R.)

Dados positivos também foram pontuados na pesquisa

O salário pago a um comerciário que trabalha uma jornada semanal de trabalho de 40 horas corresponde hoje a R$ 529,10. O que, de acordo com a pesquisa, é considerado não ser um valor justo, de acordo com a função exercida, para 38% dos trabalhadores. Os que mais se sentem injustiçados em relação ao valor pago pelo serviço prestado são os trabalhadores da Av. Miguel Rosa (54,17%), os que trabalham em supermercados (47,92%) e os comerciários do Centro (42,22%).

Apesar de revelar um painel considerado preocupante para os sindicalistas no que se refere ao não cumprimento de alguns direitos conquistados, e que são reivindicações antigas da classe através da Convenção Coletiva de Trabalho, dados positivos também foram registrados pelo levantamento.

Segundo a pesquisa, muitos comerciários têm conseguido adquirir bens de consumo e automóveis, além disso o número de trabalhadores sem moradia caiu. Gilberto Paixão defende que essa melhoria se dá, principalmente, por conta das atuais políticas públicas desenvolvidas no país e aos programas sociais, a exemplo do projeto do governo federal ?Minha casa, Minha vida?.

Outro ponto importante revelado pela pesquisa ?Perfil dos Comerciários de Teresina 2010? foi que, para 89% dos comerciários entrevistados, o horário do trabalho permite que estes frequentem a escola, curso ou faculdade. Tendo em vista a necessidade de qualificação frequente, muitos dos entrevistados reconhecem a importância da educação para a melhoria de vida e do crescimento na profissão. (M.R)



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