Petrobras (PETR4): Morgan Stanley eleva recomendação com visão positiva

De acordo com os analistas do Morgan Stanley, a Petrobras teve um desempenho sólido este ano.

Analistas do Morgan Stanley apontam desempenho sólido da Petrobras este ano | Luiz Souza/NurPhoto/Getty Images
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Depois de um longo tempo sendo cuidadoso, o Morgan Stanley aumentou a recomendação para as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) PBR negociadas na Bolsa de Nova York. Anteriormente, a recomendação era neutra (equalweight), mas agora eles a consideram uma compra (overweight, quando a exposição fica acima da média do mercado). O preço-alvo também foi elevado, indicando um potencial de alta de 30,4%.

De acordo com os analistas do Morgan Stanley, a Petrobras teve um desempenho sólido este ano, com um aumento de 23,5% para as ações ordinárias e 28,4% para as ações preferenciais. No entanto, eles acreditam que ainda há espaço para mais ganhos.

De acordo com os analistas Bruno Montanari e Thiago Casqueiro, que assinam o relatório, a principal razão para essa mudança de recomendação está relacionada à política de dividendos da Petrobras, que era uma fonte de dúvida para o mercado. Os analistas afirmam que até agora as mudanças na política de dividendos foram menos perturbadoras do que o esperado, e eles acreditam que a empresa continuará gerando um fluxo de caixa livre sólido. 

“A visão mais construtiva vem de um dividendo ‘saudável’ no 1T23, juntamente com as observações da administração de que a Petrobras distribuiria dividendos de acordo com seus principais pares internacionais de petróleo. Também somos da opinião que manter um fluxo saudável de dividendos é a solução mais fácil para o governo do Brasil se beneficiar da forte geração de caixa da estatal em 2023”, apontam.

Os analistas esperam que a Petrobras distribua cerca de 40% do seu fluxo de caixa livre como dividendos, o que resultaria em um rendimento atrativo de 16%. Eles acreditam que manter um fluxo saudável de dividendos é a maneira mais fácil para o governo brasileiro se beneficiar da forte geração de caixa da empresa.

Comparando a Petrobras com outras grandes empresas internacionais do setor de petróleo, os analistas destacam que a distribuição de dividendos da Petrobras ainda é mais alta, mesmo quando considerados os cenários mais pessimistas.

No entanto, os analistas também mencionam possíveis riscos, como um aumento significativo nos gastos de capital da empresa, pressões de caixa devido a questões fiscais e aquisições de ativos. Eles consideram esses cenários altamente improváveis, mas reconhecem que poderiam comprometer o fluxo de caixa livre e os dividendos da empresa.

Os analistas também destacam que as recompras de ações pela Petrobras são incertas e questionam sua lógica, dado o impacto que teriam no controle acionário do governo na empresa.

No geral, os analistas do Morgan Stanley acreditam que os riscos mais negativos estão sendo removidos do caso de investimento da Petrobras. Eles aumentaram o preço-alvo, mas ainda usam uma abordagem conservadora em termos de múltiplos de avaliação. Os analistas reconhecem que é cedo para avaliar completamente o valor da empresa com base em fundamentos de longo prazo, mas consideram a Petrobras uma opção atraente para os investidores.

“Até agora, a nova equipe de gestão e o conselho de administração têm sido bastante equilibrados nos ajustes de políticas. Como resultado, acreditamos que o caso mais negativo (bear case) tem chances muito menores de se concretizar”, apontam Montanari e Casqueiro.

Com informações de Infomoney



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