Procon alerta para abusos no valor sobre materiais escolares

egundo uma pesquisa feita pelo Procon, há escolas que pedem até talheres e copos aos pais

Além de itens comuns como canetas e cadernos, escolas pedem talheres e até pegadores de roupa | Reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Apesar de a prática ser menos frequente do que há alguns anos, escolas e creches ainda insistem em incluir itens de uso coletivo nas listas de material escolar dos alunos. Segundo uma pesquisa feita pelo Procon, há escolas que pedem até talheres e copos aos pais.

? É meio estranho, mas ainda existe. E a Lei não estabelece lista nenhuma ? esclarece a advogada do Procon Maria Rachel Coelho.

Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a prática ofende o Código de Defesa do Consumidor por impor aos pais um custo que caberia à instituição de ensino.

Em maio deste ano, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei 126/2011 (que mudou para nº 136), do deputado Chico Lopes (PCdoB-CE), que propõe a proibição à inclusão de itens de uso coletivo na lista de material escolar. O projeto agora está no Senado e, se for aprovado, dependerá apenas da sanção presidencial.

Caso se sintam lesados com a exigência de itens estranhos no material escolar, os pais devem primeiramente procurar a própria instituição para contestar. Caso haja resistência por parte da escola, eles podem denunciar a prática em qualquer dos postos do Procon-RJ ou ligar para o 151.

No Rio, proposta de divulgação de informações financeiras

E ontem a busca por transparência entre escolas e pais dos alunos ganhou mais um capítulo, na Câmara Municipal do Rio. O vereador Paulo Messina (PV) apresentou o Projeto de lei nº 1472/2012, que propõe a obrigatoriedade da divulgação de informações financeiras de escolas particulares para os pais. A proposta é que as instituições apresentem um balanço de sua situação econômica dos últimos 12 meses no ato da matrícula.

A ideia surgiu depois do caso do Colégio St Patrick?s, que foi despejado do prédio onde funcionava no Leblon em agosto deste ano, o que pegou pais e alunos de surpresa. Os herdeiros do imóvel entraram com a ação de despejo alegando inadimplência no pagamento do aluguel. Após muita indecisão, a direção da instituição decidiu continuar as aulas, quase duas semanas depois, em salas cedidas pela universidade Cândido Mendes, em Ipanema.

? É mais do que cabível que você obrigue as escolas, que têm que ter autorização do poder público para funcionar, que divulgue a sua saíude financeira para os pais. Buscamos um mecanismo para que os pais possam fiscalizar ? disse Messina, que acrescentou que a expectativa é que o projeto seja aprovado ainda no primeiro semestre de 2013.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES