Renda média do trabalhador cai 4% e é a menor desde 2012, diz IBGE

Foi a quarta queda seguida na comparação com o trimestre imediatamente anterior, o que faz o valor se aproximar do menor nível da série história.

Renda média do trabalhador recua há 4 trimestres e é a menor desde 2012 | Reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A renda média dos trabalhadores recuou 4% no 3º trimestre deste ano, em relação aos três meses anteriores para R$ 2.459, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Trata-se do menor rendimento médio real (descontada a inflação) desde o 4º trimestre de 2012 (R$ 2.451). O rendimento médio real habitual dos trabalhadores considera a soma de todos os trabalhos.

Foi a quarta queda seguida na comparação com o trimestre imediatamente anterior, o que faz o valor se aproximar do menor nível da série história, iniciada em 2012.

O movimento de retrações começou no quarto trimestre de 2020, com perda de 4%, seguido por recuos de 0,8% no primeiro trimestre e de 2,8% no segundo trimestre, destaca o Valor Online.

Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles 

Com a nova queda, o valor médio de renda se aproxima do menor nível da série histórica que considera apenas os trimestres padrões do calendário, de R$ 2.438, registrado no primeiro trimestre de 2012, há quase dez anos.

Na comparação com o terceiro trimestre de 2020, a queda do rendimento do trabalhador encolheu 11,10%. Naquele momento, a renda média era de R$ 2.766, ou seja, há uma redução de R$ 204, para os R$ 2.459.

As taxas já consideram a nova série da Pnad Contínua, divulgada nesta terça, reponderada por sexo e idade, para reduzir os viéses de cobertura trazidos pela coleta da pesquisa por telefone, por causa da pandemia, como a presença maior de idosos entre os entrevistados.

A queda da renda reflete uma retomada do mercado de trabalho marcada pelas ocupações mais precárias e, por isso, com menores rendimentos. Assim, a despeito da redução dos desempregos e do aumento dos trabalhadores ocupados, a massa de rendimentos se mantém praticamente estável.

O rendimento médio real habitual dos trabalhadores considera a soma de todos os trabalhos

O rendimento dos brasileiros também segue pressionado pela inflação nas alturas, que passou de 10% no acumulado em 12 meses.

“Há um crescimento em ocupações com menores rendimentos e também há perda do poder de compra devido ao avanço da inflação”, explicou a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.

No terceiro trimestre de 2021, a massa de rendimentos real habitualmente recebida por pessoas ocupadas (em todos os trabalhos) foi de R$ 223,549 bilhões, uma queda de 0,1% em relação ao segundo trimestre (R$ 202 milhões a menos), mas que é considerada estatisticamente estável, segundo o IBGE. Frente ao terceiro trimestre de 2020, houve baixa de 0,7% (menos R$ 1,688 bilhão).



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES