Telefónica deve atingir metas para ter confiança,afirma agência

Barreiras regulatórias para consolidação no Brasil são grandes, diz

Relatório reafirmou a nota do grupo em "BBB+" | Reprodução
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A espanhola Telefónica precisa atender à expectativa do mercado para conseguir melhorar a confiança dos investidores em seu perfil de crédito, comenta a agência de classificação de risco Fitch. Relatório divulgado nesta sexta-feira (21) reafirmou a nota do grupo em "BBB+" e a perspectiva sobre o rating em negativa.

A instituição vê na empresa de telefonia uma estrutura operacional mais diversificada e promissora do que a maioria da concorrência na Europa, por conta de sua forte distribuição geográfica e menor dependência dos negócios no país natal.

Além disso, a Fitch lembra que a companhia já demonstrou compromisso com a redução do endividamento por meio da venda de ativos e da redução da distribuição de proventos, o que melhora seus indicadores. "A perspectiva provavelmente irá a estável caso as estimativas sejam atendidas em 2014", diz o texto.

O relatório comenta ainda as possibilidades do grupo espanhol dentro do Brasil. Para a agência, a consolidação do mercado local faria sentido econômico, mas as barreiras regulatórias são grandes. Mesmo assim, a instituição vê a possibilidade como mais uma prova de que os investimentos da empresa mostram disciplina financeira.

Recentemente, a Telefónica vendeu suas operações na Irlanda e na República Tcheca com parte dos recursos sendo utilizados para adquirir a E-Plus, da Alemanha. A emissão de bônus realizada para levantar o restante do dinheiro, foi pouco para elevar a alavancagem da companhia, lembra a Fitch.

Preocupa a agência, por outro lado, a contínua desvalorização das moedas nos principais mercados da operadora fora da Espanha. A queda do real, do peso argentino e do bolívar venezuelano já teve impacto no balanço da empresa e a expectativa é que a conversão dessas divisas continue afetando os negócios.

"Estimamos que em 2014 os países latino-americanos representem 39% do fluxo de caixa operacional da Telefónica", diz o relatório. Mas as atividades na região continuam sendo das mais importantes para a espanhola, mesmo com o efeito cambial negativo, completa a Fitch.



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