Educadora e ativista: conheça Jill Biden, a nova primeira-dama dos EUA

Jill se formou pela Universidade de Delaware em 1975 e se casou com Joe Biden em 1977.

Educadora e ativista: conheça Jill Biden, a nova primeira-dama dos EUA | Reprodução
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Em agosto, quando Joe Biden foi oficialmente nomeado candidato, sua esposa Jill fez o principal discurso na convenção do Partido Democrata. Em uma mensagem gravada em uma sala de aula vazia de uma escola onde ensinou inglês na década de 1990, a educadora expôs feridas da família e do novo presidente dos Estados Unidos para defender a ideia de que Biden poderia ajudar o país a se reconstruir. As informações são do G1.

"Como unir uma família desfeita? Da mesma forma que se une uma nação. Com amor e compreensão – e com pequenos atos de compaixão”, discursou Jill. Ao final de sua fala, Joe Biden se juntou a ela e definiu a esposa como “a pessoa mais forte” que conhece.

Jill Biden em vídeo feito na escola de Brandywine  

“Para todos vocês, em todo o país, basta pensar em seu educador favorito que lhes deu a confiança para acreditar em si mesmos. Esse é o tipo de primeira-dama [que] Jill Biden será”, concluiu.

O democrata Joe Biden foi eleito presidente dos EUA neste sábado (7), após acirrada disputa contra o republicano Donald Trump, que tentava a reeleição, segundo projeção da Associated Press (AP).

Primeiros anos e casamento com Joe

Nascida em Nova Jersey, Jill passou a maior parte de sua infância na Pensilvânia com suas quatro irmãs mais novas e seus pais. Seu pai, Donald, trabalhava como caixa em um banco enquanto sua mãe, Bonny, era dona de casa.

Depois de concluir o ensino médio, ela chegou a cursar merchandising de moda, mas desistiu e decidiu se graduar em inglês na Universidade de Delaware. Ela frequentou a faculdade com seu primeiro marido, Bill Stevenson, de quem se divorciou em 1975.

Jill chegou a fazer trabalhos como modelo (título que ela rejeita) para uma agência. “Eu devo ter feito cinco trabalhos que pagam, tipo, 20 dólares”, disse em entrevista à revista Vogue em 2008. "Mas eu não era modelo”, insistiu.

Joe com os filhos Beau (à esquerda) e Hunter e Jill 

Joe Biden ficou encantado ao ver uma foto de Jill em um anúncio colocado em um ponto de ônibus. O número de telefone de Jill não estava listado, mas Frankie, irmão de Joe, conseguiu por meio de um amigo. Os dois, então, marcaram um encontro.

"Eu estava no último ano e namorava caras de jeans, tamancos e camisetas", disse Jill. "E ele veio até a porta com um paletó esporte e mocassins, e pensei: 'Deus, isso nunca vai funcionar, nem em um milhão de anos'”.

Joe e Jill se casaram dois anos depois, em 1977. A nova primeira-dama dos EUA ajudou o marido a criar os dois filhos de um casamento anterior.

Em 1972, Joe havia perdido sua primeira esposa Neilia e sua filha de um ano, Naomi, em um acidente de carro. Ele quase desistiu da carreira política como senador de Delaware para cuidar dos filhos Beau e Hunter, que escaparam do acidente com ferimentos graves, mas foi convencido do contrário por alguns de seus colegas.

“Ela me devolveu a vida”, escreveu Joe em seu livro de memórias “Promises to Keep”, publicado em 2007. “Ela me fez começar a pensar que minha família poderia estar inteira novamente.”

Quatro anos mais tarde, em 1981, nasceria Ashley Blazer, a primeira filha do casal.

Carreira

Jill se formou pela Universidade de Delaware em 1975 e começou sua carreira como professora substituta em escolas públicas locais e em um hospital psiquiátrico. Mais tarde, ela obteve dois diplomas de mestrado – um em leitura e outro em inglês – enquanto trabalhava e criava a família com Joe.

Durante 15 anos ela foi professora de redação na faculdade comunitária Delaware Technical & Community College.

Quando Joe Biden foi nomeado companheiro de chapa de Barack Obama em 2008, ela era conhecida por se juntar ao marido na campanha eleitoral apenas nos finais de semana, quando não estava dando aulas. Entre as paradas, ela corrigia provas a bordo do ônibus da campanha enquanto passava por diferentes estados dos EUA.

“Jill está sempre corrigindo provas”, disse a ex-primeira-dama Michelle Obama durante entrevista à People Magazine em 2016.

ABRIL/2009: Jill Biden e Michelle Obama durante cerimônia 

Durante o período que o marido esteve na vice-presidência dos EUA, Jill continuou trabalhando como professora de inglês na faculdade comunitária Northern Virginia Community College.

"Ensinar não é o que eu faço. É quem eu sou", tuitou antes de seu discurso na convenção democrata.

De acordo com o jornal "Washington Post", Jill parou de lecionar pela primeira vez desde 1981 para estar ao lado de Joe na campanha presidencial deste ano. Posteriormente, em entrevista recente à rede CBS News, ela disse que gostaria de voltar a dar aulas mesmo com Joe eleito presidente.

“Se chegarmos à Casa Branca, vou continuar a ensinar”, disse ela. “É importante e quero que as pessoas valorizem os professores, saibam suas contribuições e estimulem a profissão”.

Polêmicas de Joe

Ao longo dos anos, Jill defendeu seu marido diante de algumas acusações. Uma polêmica que voltou à tona este ano abordou o tratamento de Joe nas audiências de confirmação de Clarence Thomas para a Suprema Corte em 1991, nas quais a professora de direito Anita Hill o acusou de assédio sexual persistente.

Joe era o presidente do Comitê Judiciário do Senado na época e foi amplamente criticado por permitir que Thomas testemunhasse perante Hill. Ele também não aceitou o testemunho de três mulheres que contaram suas próprias histórias sobre Thomas.

Setembro/1987: Joe Biden, então senador, e Jill Biden durante anúncio 

Quando questionada sobre a polêmica em uma entrevista à rádio NPR em maio deste ano, Jill defendeu o marido, acrescentando que ele votou contra a indicação de Thomas, e disse que era hora de “seguir em frente”.

Joe também é acusado por mulheres que afirmam terem sido tocadas de forma inadequada. Questionada sobre o assunto, Jill disse que seu marido havia aprendido que “precisa dar espaço às pessoas”.

Em seu recente livro "Where the Light Enters", ela escreveu que o Joe vinha de uma "família de pessoas que gostam de abraços", mas acrescentou que as mulheres eram "corajosas" em apresentar suas alegações.



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