Eike perde R$ 392 mi e sai da lista dos 200 mais ricos do mundo

Fortuna de Eike começou a diminuir em agosto de 2012

Eike Batista | Getty Images
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O empresário Eike Batista caiu na lista de bilionários da revista Bloomberg após a OGX, empresa de petróleo do grupo EBX, perder 9,3% no índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e passar a custar apenas R$ 1,17. Com a queda, o bilionário perdeu US$ 196 milhões (cerca de R$ 392 milhões), saindo da lista dos endinheirados da publicação. Atualmente a fortuna do empresário é de US$ 6,1 bilhões (cerca de R$ 12 bilhões), segundo o Bloomberg Billionaires Index.

Em março de 2012, a riqueza de Eike, que já chegou a ser o sétimo homem mais rico do mundo segundo levantamento da Forbes, chegou à marca de R$ 34,5 bilhões. Segundo Lucas Brendler, da corretora Geração Futuro, em Porto Alegre (RS), disse que o mercado está agora começando a se perguntar o motivo do acionista controlador vender suas ações, uma atitude considerada "totalmente negativa".

A Bloomberg ressaltou também que Batista está vendendo ativos que incluem o jato Legacy 600 da Embraer para levantar dinheiro e que no mês passado ele levantou R$ 1,4 bilhãos com a venda de uma participação empresa de energia MPX para o grupo alemão EON. Separadamente, a OGX também vendeu uma participação de US$ 850 milhões (cerca de R$ 1,7 bilhão) em um campo de petróleo na Malásia.

Derrocada

A derrocada de Eike começou em agosto de 2012, quando Jorge Paulo Lemann, da InBev, foi apontado como o possível homem mais segundo a revista Forbes. Em 30 de novembro, quando perdeu "oficialmente" o posto, Eike afirmou à agência que "o Brasil merece ter mais brasileiros na lista (de mais ricos do mundo)". Apenas em 2012, Batista teve sua riqueza reduzida em US$ 9,8 bilhões - a maior queda de todo o ranking da Bloomberg no período.

Em dezembro do último ano, a Bloomberg publicou que Batista teve sua fortuna reduzida em US$ 6,8 bilhões por causa de cláusulas da venda de parte da EBX para o fundo Mubadala Development, de Abu Dhabi.

Segundo a publicação, o contrato de venda de 5,63% por US$ 2 bilhões obriga Eike a ceder um número não especificado de ações caso não entregue um retorno anual de pelo menos 5% ao fundo de investimentos. As garantias aos investimento fizeram o valor da EBX ser reavaliado.

Com isso, a fortuna estimada do empresário caiu de US$ 19 bilhões para US$ 12,7 bilhões. A diferença fez com que Batista despencasse no ranking mundial, de 36º para 73º mais rico do mundo. No Brasil, ele passou para o terceiro lugar, atrás de Lemann, avaliado em US$ 18,9 bilhões, e de Dirce Camargo, que faleceu em abril deste ano, tinha então US$ 13,4 bilhões. Dirce herdou o conglomerado Camargo Corrêa em 1994.



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