Embaixada da Venezuela em Brasília é invadida por ativistas pró-Gauidó

Grupo simpatizante de Juan Guaidó, o autoproclamado presidente do país, pula muro e entra na representação diplomática

|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Apoiadores de Guaidó deixam Embaixada da Venezuela em Brasília 

Apoiadores do presidente autoproclamado da Venezuela, Juan Guaidó, deixaram o prédio da embaixada do país, em Brasília, após uma ocupação que durou mais de 12 horas. O grupo, formado por 14 pessoas, estava no local desde as 5h desta quarta-feira (13).

Pela manhã, manifestantes que apoiam o presidente Nicolás Maduro fizeram protestos em frente ao prédio e denunciaram que o local foi invadido. Os seguidores de Guaidó afirmam que as portas foram abertas para que eles assumissem a Embaixada 

De acordo com o encarregado de negócios da Embaixada Freddy Meregote, que é ligado ao presidente Maduro, "parte da negociação foi que os invasores não seriam detidos". Segundo Meregote, eles foram apenas identificados e liberados. 

Vestidos com camisas brancas, o grupo formado por homens e mulheres deixou primeiro o prédio e se posicionou no jardim da Embaixada. Em seguida, saiu do local por um portão lateral e entrou em um ônibus. 

REUTERS/Sergio Moraes 

Luiza Garonce/ G1 

GSI diz que Bolsonaro jamais incentivou invasão da embaixada da Venezuela 

Uma nota divulgada nesta terça-feira (13), pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República afirma que o presidente Jair Bolsonaro "jamais tomou conhecimento e, muito menos, incentivou a invasão da embaixada da Venezuela".

"As forças de segurança, da União e do Distrito Federal, estão tomando providências para que a situação se resolva pacificamente e retorne à normalidade."

O comunicado do GSI foi divulgado por volta das 11h30. Uma nova nota foi enviada ao meio-dia.

No primeiro documento, o GSI atribui a "invasão" a "partidários do Sr. Juan Guaidó". No texto enviado em seguida, o gabinete retirou a referência ao presidente autoproclamado.

A sede do governo venezuelano no Brasil foi ocupada, por volta das 5h desta terça, por seguidores do autoproclamado presidente Juan Guaidó. A Polícia Militar foi chamada para reforçar a segurança no local.

Apesar de o governo brasileiro reconhecer Guaidó como presidente venezuelano, a representação diplomática em Brasília é administrada por funcionários do presidente Nicolás Maduro.

O incidente ocorre no momento em que Brasília é sede da cúpula do Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

O atual responsável pela embaixada, Freddy Meregote, encarregado de negócios que foi nomeado pelo governo Maduro, afirma que o imóvel foi invadido. Já o grupo pró-Guaidó diz que empregados "abriram as portas voluntariamente".

Ocupação e protestos

Por volta das 5h, a Polícia Militar do Distrito Federal foi chamada para reforçar a segurança na embaixada da Venezuela. A corporação informou que pelo menos 14 pessoas haviam ultrapassado os portões.

Do lado de fora, cerca de 30 manifestantes demonstravam apoio ao atual corpo diplomático - nomeado por Maduro.

Às 8h, o grupo pró-Maduro forçou a entrada da embaixada, e apoiadores de Guaidó estacionaram um carro na frente do portão, pelo lado de dentro. A PM separou a confusão com o que parece ser gás de pimenta e fechou os portões

Embaixada da Venezuela em Brasília é invadida por ativistas pró-Gauidó

A embaixada da Venezuela em Brasília foi invadida na manhã desta quarta-feira (13), por um grupo simpatizante de Guaidó. Com informações da Folha.

No twitter, o jornalista Renato Bivai publicou: "Neste momento um grupo fascista está invadindo a embaixada da Venezuela em Brasília. O deputado Paulo Pimenta pede que todos que estiverem na cidade se dirijam pra lá".

Pelas redes sociais, parlamentares de partidos de esquerda se dirigiram ao local, solicitando a presença de todos que pudessem  conter a invasão. Em áudio distribuído pelo Whatsapp, Ana Prestes, colaboradora da revista Fórum e que estava na embaixada, afirmou que a invasão foi seguida de violência. “Tá tendo luta corporal lá dentro”.

Segundo relatos, ao menos 30 invasores participaram da ação, que ocorre durante a reunião do BRICs em Brasília. Por conta do evento vários acessos da cidade estão fechados, o que dificulta a chegada de outros funcionários e militantes à embaixada.

Os invasores seriam ligados a Juan Guaidó, que é reconhecido pelo governo brasileiro como presidente da Venezuela após ele se autoproclamar e tentar um golpe no país vizinho. Segundo reportagem do Valor, um grupo de funcionários da embaixada da Venezuela em Brasília “desertou” do governo Nicolás Maduro e permitiu, pela primeira vez, a entrada de Tomás Alejandro Silva, ministro-conselheiro da embaixada nomeado por Guaidó.

Silva teve o acesso liberado de forma inédita. Outros funcionários leais a Maduro, como o atual adido militar, se dirigiram imediatamente então à embaixada e o clima ficou tenso.

O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) conseguiu entrar. “A embaixada foi sitiada por um grupo de brasileiros e de venezuelanos, houve confronto violento. Eles tentaram tomar à força esse espaço. A impressão é que parte deles é de lutadores de academia contratados. É uma clara violação do direito internacional. Há indícios de participação do governo brasileiro na facilitação da invasão da embaixada da Venezuela.”

Pelo Twitter, a deputada federal Erika Kokay alertou para o ato fascista: “Embaixada da Venezuela é invadida em Brasília em ato criminoso que fere a soberania e a democracia. Exigimos investigações e responsabilização dos culpados! A invasão da Embaixada da Venezuela no Brasil repete o que ocorreu no dia 10 de novembro na Bolívia, quando o território venezuelano também foi invadido.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES