Equipe coordenada por brasileiro descobre tumba inexplorada no Egito

Ela estava abaixo de uma outra que estava sendo estudada pelos arqueólogos. Sete múmias foram encontradas no local.

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Uma expedição de arqueologia coordenada por um pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) descobriu uma tumba inexplorada na cidade de Luxor, no Egito. O espaço foi encontrado abaixo da Tebana 123, mausoléu que já estava sendo estudado pelo grupo.

“Foi uma surpresa. Essa nova tumba foi construída 600 anos depois da que a gente estava explorando. A gente desconfia que ela pertença ao chamado Terceiro Período Intermediário, ainda época dos faraós, mas um período mais simples”, disse o professor José Roberto Pellini, do Departamento de Antropologia e Arqueologia da universidade, coordenador da expedição.

Expedição coordenada por pesquisador da UFMG descobriu tumba inexplorada na cidade de Luxor, no Egito. — Foto: Programa Arqueológico Brasileiro no Egito (Bape)/Divulgação


Sete indivíduos mumificados foram encontrados no local em cestos de vime. Os arqueólogos acreditam que todos sejam da mesma família. Uma das curiosidades que chamou a atenção dos pesquisadores é que foram encontrados indícios do século XVIII na tumba.

“A gente suspeita que um arqueólogo daquela época tenha entrado na tumba, coberto as múmias e depois saído. O interessante é que não há registro de algum trabalho feito nesta tumba”, falou Pellini.

A descoberta aconteceu durante expedição realizada entre janeiro e fevereiro. O intuito era explorar a Tumba Tebana 123 que ainda não havia sido estudada. Agora, o grupo irá retornar a Luxor no fim do ano para trabalhar na parte interna do mausoléu e também no espaço recém-descoberto.

Corredor principal da Tumba Tebanas 123. — Foto: Acervo/Projeto Amenenhet


“Na Tebana 123 a expectativa é muito grande já que há indícios de sarcófagos e de estátuas”, disse o professor.

Os arqueólogos vão explorar a sala anexa à câmara funerária, que tem cerca de 12 metros quadrados e pé direito de 5 metros. A Tumba Tebana 123 é de Amenenhet, sacerdote que ocupava diversos cargos, entre os quais o de contador de pães, que eram distribuídos como parte dos salários no Egito Antigo. O nobre serviu ao faraó Thutmosis III, da 18ª Dinastia, por volta de 1.800 a.C.

Já a tumba descoberta é mais simples e não apresenta muitos elementos decorativos.

Expedição no Egito descobriu nova tumba abaixo da Tebana 123, que já era pesquisada pelo grupo. — Foto: Programa Arqueológico Brasileiro no Egito (Bape)/Divulgação




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