Escolas ao ar livre auxiliam no aprendizado saudável e seguro na pandemia

O contato com a natureza no conteúdo de diferentes disciplinas provoca estímulos cognitivos e de percepção de espaço que enriquecem o desenvolvimento intelectual e emocional e ainda traz ganhos à saúde.

e | r
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Imagine uma sala de aula embaixo de uma mangueira ou uma contação de histórias aos pés de um cajueiro. Essa é uma realidade que está se tornando cada vez mais comum e tem sido a proposta de escolas referências em educação no mundo. A Ross School, em Nova York, o colégio Porto Seguro, em São Paulo, e a Great International School, no Nordeste, são alguns exemplos de escolas com ensino ao ar livre, um modelo que se tornou indispensável para uma aprendizagem saudável, acolhedora e  biologicamente mais segura diante da realidade de pandemia.

Ao considerar os novos tempos e as diversas possibilidades da infância e da educação, as escolas têm adotado atividades ao livre para somar ao ensino e à aprendizagem. Com aulas em uma área externa, é possível despertar a atenção de crianças de formas diferentes. São barulhos e sensações que provocam outros estímulos cognitivos e de percepção de espaço, habilidades importantes para o desenvolvimento. Observando a natureza, a criança pode aprender sobre ciências, arte ou geografia, por exemplo.

Escolas ao ar livre: o modelo de ensino que se tornou indispensável para uma aprendizagem saudável e biologicamente mais segura em tempos de pandemia(Foto: reprodução)

Vale frisar que a natureza, em si, é educadora e benéfica para o desenvolvimento físico e intelectual. Um ensino mais próximo ao meio ambiente colabora com o protagonismo infantil, pois faz com que os pequenos se engajem em projetos práticos, em atividades físicas que enriquecem o desenvolvimento intelectual e emocional, onde o professor se torna mediador e não apenas fornecedor de conteúdo. 

O contato com a natureza, no conteúdo de diferentes disciplinas, da educação infantil até o último ano do ensino médio, ajuda a incentivar a criatividade e a capacidade de tomar decisões e resolver problemas, o que por sua vez contribui para a melhora da coordenação psicomotora. Tudo isso promove uma infância mais rica, criativa e saudável.

Com aulas em uma  área externa, é possível despertar a atenção de crianças com barulhos e sensações  que enriquecem o aprendizado.(Foto: Reprodução)

John Whittlesea,  professor com mais de 30 anos de experiência em escolas internacionais e Diretor Pedagógico da Great International School, ressalta que isso é importante porque,  em seu desenvolvimento, as crianças precisam de perspectiva, área verde, espaço de exploração e liberdade para construir seu próprio universo e compreender o universo do outro. 

“Isso reduz as experiências de uma infância em espaços fechados, diante de uma realidade em que o contato das crianças com a natureza é raro ou insuficiente nas cidades onde a zona urbana tem pouco, ou nenhum espaço verde”, destaca John.

Observando a natureza, a criança pode aprender sobre ciências, arte ou geografia, entre outros conhecimentos.(Foto: reprodução)

GANHOS PARA A SAÚDE

Espaços como casa na árvore, caminhos na mata, área de escala e jatos de água, entre outros exemplos de ambientes que focam a amplitude para a diversidade de atividades ao ar livre, são uma nova necessidade nesse contexto sanitário predominante no mundo. Isso é uma medida recomendada por instituições internacionais, como a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), por entidades médicas e científicas, como a Academia Americana de Pediatria (AAP) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) é outra instituição que recomenda o acesso diário de, no mínimo, uma hora a oportunidades de brincar, aprender e conviver com a natureza, para que as crianças possam se desenvolver com plena saúde física, mental, emocional e social. Ainda segundo a entidade, a inserção de elementos de estudo fora da sala de aula pode aumentar não só as possibilidades do brincar, como também a qualidade do ensino curricular e a motivação dos alunos e professores.  

E os benefícios pedagógicos de se aprender “com” e “na” natureza, vão além de uma aprendizagem saudável. Agora isso também é uma medida sanitária para que as escolas possam ser mais seguras, afinal as chances de contágio pela covid-19 diminuem consideravelmente em espaços abertos. 

Outra vantagem é que as atividades fora da sala de aula podem trazer também benefícios como o aumento da vitamina D e da imunidade, graças à exposição ao sol.  Essa convivência auxilia ainda no combate a obesidade, hiperatividade e problemas como ansiedade.

As escolas ao ar livre são uma inspiração para que repensemos a arquitetura das escolas atuais. E embora esse modelo ainda não esteja disseminado no Brasil, existem instituições que investem nisso para uma aprendizagem saudável e biologicamente mais segura para seus alunos.  

A Great International School, localizada na av.Nossa Senhora de Fátima, em Teresina, adota as aulas ao ar livre como uma das formas de promover um ensino acolhedor e que valoriza a consciência ambiental. A instituição dispõe de mais de 55 mil m³ com vasta área verde e proporciona aos alunos atividades como cultivo de hortaliças, arvorismo e até contato com animais em uma fazendinha.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES