Estudo lista posições que ajudam mulher a chegar ao clímax

Para os pesquisadores, os resultados podem ajudar no tratamento médico de disfunções sexuais, como a dificuldade em atingir o orgasmo

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DANIELLE CASTRO

RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS)

Quem vai por cima e o quanto da pele do parceiro toca o clitóris podem fazer toda a diferença no orgasmo das mulheres. A conclusão é de estudo feito em Nova York (EUA) que avaliou como a posição dos parceiros interfere no clímax feminino.

Por meio de ultrassons, os pesquisadores testaram cinco posições descritas na literatura médica e observaram a mudança do fluxo sanguíneo no clitóris antes e depois do ato sexual. A mulher por cima do homem, cara a cara com o parceiro, e o casal sentado, também de frente um para o outro, foram as que mais intensificaram o fluxo de sangue no órgão erétil feminino.

Contudo, a força exercida pelo contato do clitóris com a pele do parceiro foi mais intensa quando ela estava por cima, o que também resultou em orgasmos mais poderosos.

Estudo lista posições que ajudam mulher a chegar ao clímax - Foto: Reprodução

O objetivo da pesquisa era identificar como a parte biomecânica do corpo e as forças empregadas (tanto pelo casal como pela gravidade) podem influenciar no prazer feminino. O estudo foi conduzido pelos médicos Kimberly Lovie e Amir Marashi, do departamento de imagens médicas da clínica New H Medical.

O artigo "Coital positions and clitoral blood flow: A biomechanical and sonographic analysis" (Posições sexuais e fluxo sanguíneo clitoriano: uma análise biomecânica e ultrassonográfica, em português) foi publicado na edição digital de julho da revista Sexologies, periódico da Federação Europeia de Sexologia.

"De acordo com os resultados, as posições face a face são mais propensas a levar ao orgasmo porque maximizam a estimulação do clitóris e o fluxo sanguíneo. Além disso, posições em que a parceira feminina tem mais controle sobre a pressão exercida no clitóris [quando mulher está por cima] produzem aumentos mais uniformes no fluxo sanguíneo clitoriano", afirmam os autores no artigo.

Para os pesquisadores, os resultados podem ajudar no tratamento médico de disfunções sexuais, como a dificuldade em atingir o orgasmo.

Foram observadas as seguintes posições: parceiros deitados face a face com mulher em cima do homem; sentados um de frente para o outro; deitados face a face com o homem por cima da mulher; deitados face a face com o homem por cima da mulher e ela apoiada em um travesseiro; e homem ajoelhado atrás da mulher realizando a penetração vaginal traseira.

Das cinco, apenas nesta última não houve maior fluxo de sangue para o clitóris, justificado pela falta de contato direto com a região. Na posição com o homem por cima, o sangue ficou mais difuso na pelve da mulher e menos concentrado no clitóris, gerando orgasmo menos intensos do que com a mulher por cima.

Isso comprovou que o sucesso das posições face a face não é devido apenas à capacidade de facilitar a comunicação verbal e física entre os parceiros, mas também ao modelo biomecânico do encaixe.

O face a face com homem em cima da mulher não está entre as posições com maior probabilidade de levar ao orgasmo, mesmo sendo a posição mais comum. Ainda assim, isso pode ser corrigido com um travesseiro. A ideia é equilibrar a distribuição de forças para uma penetração mais profunda, algo que pode ser obtido com uma almofada sexual de posicionamento (triangular e mais consistente que o travesseiro comum). Ela deve ficar embaixo da mulher e em contato com a cama.

Para identificar o fluxo sanguíneo foram feitos ultrassons com um casal voluntário de médicos de 32 anos de idade. Eles estavam em uma relação monogâmica heterossexual, eram conhecidos dos pesquisadores e fizeram os testes em casa. Cada posição durou dez minutos e foi feita em um dia diferente. O orgasmo não era obrigatório, mas foi constatado nos cinco testes.

Os autores ressalvam que as mulheres podem ter respostas diferentes nessas posições e também são influenciadas pela parte psicológica e pelos graus de força de impulso que o parceiro pode ter.

Segundo a psicoterapeuta Evelyn Ribeiro Lindholm, especialista em sexualidade e comportamento, pesquisas que olham para o prazer sexual da mulher são de suma importância, visto que outras fontes de consulta, como a pornografia, não estimulam uma sexualidade madura ou mesmo real.



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