Ex-advogado de defesa da mulher que acusa Neymar: “Vou ter problema”

O presidente do Tribunal de Ética da OAB-SP, no entanto, diz que um eventual processo duraria de 6 a 12 meses

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Primeiro advogado contratado pela mulher que acusa Neymar de estupro, José Edgar Bueno deve enfrentar o Tribunal de Ética da OAB de São Paulo. Quem diz é ele mesmo ao avaliar a divulgação na imprensa das mensagens que trocou com a cliente. As informações são da UOL Esporte.

Foto: Reprodução/Instagram

"Como essas mensagens apareceram lá eu não tenho nenhuma ideia. É um absurdo eles [imprensa] terem todos aqueles documentos que estavam lá. O fato é que estavam lá, meu nome foi mencionado. Obviamente que eu vou ter problema na OAB. A OAB já está em polvorosa", declarou.

A reportagem apurou que ainda não houve representação contra José Edgar Bueno no Tribunal de Ética da OAB. Mas o artigo 72 do Estatuto da Advocacia permite ao órgão abrir um processo por iniciativa própria diante de situações de infração.

Mas o presidente do tribunal, Carlos Kauffmann, contou que caso isto ocorra, não será divulgado porque todos os processos correm em sigilo. Mesmo certo de que enfrentará problemas, José Edgar não parece se arrepender de ter se manifestado na imprensa.

"Entre as questões que podem envolver o código de ética da OAB e a minha reputação e lisura profissional, prefiro ficar com a minha reputação. A notícia sai hoje e as soluções da OAB só daqui a cinco anos". O presidente do Tribunal de Ética da OAB-SP, no entanto, diz que um eventual processo duraria de 6 a 12 meses.

Professor da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e doutor em Filosofia do Direito, Horácio Rodrigues afirmou que o sigilo profissional é o direito maior do cliente. Acrescentou que haveria outras formas de preservar a honra, como interpelação judicial ou extrajudicial. Ele considera que houve pressa demasiada em procurar a imprensa e o caso deve ser encaminhado ao Tribunal de Ética.

"Nesse contexto, houve a violação do sigilo profissional, devendo os mesmos [sócios do escritório] responderem pelo fato junto ao Tribunal de Ética da OAB", diz Horácio Rodrigues.

Foto: Reprodução/Instagram



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