Ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha traça ações de defesa ao SUS

“Agora, a pressão tem que ir para cima do Congresso Nacional para debater questões fundamentais para o fortalecimento do SUS no atual momento”, relata.

Alexandre Padilha | Reprodução
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Nesta quinta-feira (29), o programa Notícias da Boa, apresentado pela jornalista Cinthia Lages, recebeu o deputado federal Alexandre Padilha, médico e ex-ministro da Saúde durante o governo Dilma Rousseff (PT). Padilha criticou e considerou como uma forte ameaça à população o decreto que previa a realização de estudos para a transferência à iniciativa privada da construção, modernização e operação das Unidades Básicas de Saúde (UBS) de todo o Brasil.

“Tenho certeza que nós não podemos baixar a guarda, temos ficar atentos assim como os profissionais de saúde estão atentos com a situação da Covid-19. O governo recuou, ontem, por causa da pressão que nós fizemos. Agora, a pressão tem que ir para cima do Congresso Nacional para debater questões fundamentais para o fortalecimento do SUS no atual momento”, relata. Antes de o decreto ser revogado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, Padilha chegou a apresentar um Projeto de Lei, em conjunto com a deputada Maria do Rosário (PT-RS), para suspender o estudo.

Alexandre Padilha (Foto: FSP)

O deputado considera que o momento pede atenção dos brasileiros para que o país assuma estratégias mais precisas para garantir a vacinação contra a Covid-19 em toda população. A primeira, é o apoio ao registro da vacina em instituições públicas. "A força das instituições públicas como Fundação Oswalo Cruz e Instituto Butantan e a tradição do Programa Nacional de Imunizações não podem aceitar a 'guerra da vacina' que foi instaurada pelo presidente Jair Bolsonaro. A defesa das nossas instituições é uma ação imediata de defesa ao SUS ", disse.

Outra questão citada por Padilha envolve uma proposta de Jair Bolsonaro, enviada para o Congresso Nacional, que retira R$ 35 bilhões do orçamento do Ministério da Saúde. O ex-ministro solicita mobilização da sociedade para que o Congresso recupere esse recurso que deve ser destinado para ações de enfrentamento da pandemia e vacinação contra coronavírus em 2021. "Se for retirado 22% do nosso orçamento da saúde, vamos ficar mais fracos para enfrentar a pandemia. Além disso, temos ainda todos os problemas de saúde que ficaram represados, como cirurgias e exames", relata.

A busca por mais de uma vacina, a fiscalização de laboratórios de imunizantes por parte da Anvisa, acordos de cooperação, em especial de biotecnologia envolvendo variados países, são fatores que podem resultar em uma operação de sucesso para salvar vidas, defende o deputado. Além disso, o foco também está na fiscalização de empresas para impedir o monopólio da vacina, apontou o ex-ministro.



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