Exame “virtual” pode detectar cânceres colorretais

Teresina já dispõe de equipamento moderno que faz a chamada colonoscopia virtual

Dr. Gerson Prado mostra tecnologia para exames | Divulgação
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Todos sabemos que, em se tratando de câncer, a prevenção ainda é o melhor remédio. Descobrir a doença cedo é determinante para que aumentem as chances de sucesso no tratamento. Mas há certos tumores que estão matando mais, talvez por conta do constrangimento na hora de realizar os exames que o detectam. É o que acontece no caso dos cânceres colorretais (cólon e reto).

O exame tradicional que detecta as doenças nessa parte do corpo envolve um certo constrangimento, que acaba afastando as pessoas do correto e precoce diagnóstico, como explica o doutor em Radiologia piauiense Gérson Prado. ?Muitos pacientes não conseguem aderir totalmente ao processo de limpeza do intestino. Em outros casos, há um desconforto grande e a vergonha de fazer o exame por causa da via de acesso que usamos (o ânus). E ainda acontecem casos de intolerância à sedação usada. Para completar, ainda há contraindicações em muitos casos?, explica o médico.

Mas já há uma solução mais fácil para evitar que esse tipo de câncer, o terceiro que mais mata no mundo, atinja cada vez mais pessoas. É a chamada radiologia virtual, um exame que já está disponível em Teresina e que oferece um conforto e segurança desejados pela maioria dos pacientes. O exame vem se consolidando no mundo, tanto que até o presidente dos EUA, Barak Obama, incluiu a colonoscopia virtual em seus exames de rotina. ?O presidente, juntamente com o seu gabinete, havia poucos meses antes negado a cobertura médica para esse tipo de exame para os pacientes associados ao sistema de saúde público americano, levando a um grande debate no congresso americano acerca do assunto. Passada a celeuma, a maioria dos planos de saúde nos EUA passou a aceitar a colonoscopia virtual como parte de seus benefícios à população, até porque o próprio presidente aderiu a ele?, comenta Dr. Gerson.

Gerson Prado explica que a colonoscopia virtual é uma alternativa eficaz aos exames tradicionais. ?No exame, nós usamos um equipamento especial de tomografia computadorizada de última geração para que sejam produzidas as do cólon e do reto. Por ser minimamente invasivo e não necessitar de sedação, causa muito menos desconforto ao paciente, além de ser bem mais rápido. Entretanto, o preparo de limpeza intestinal aqui também se faz necessário?, comenta o especialista.

E para quem pensa que menos desconforto significa menor eficácia, Gerson faz questão de ressaltar que isso não é verdade. ?Vários trabalhos científicos já foram publicados comparando o desempenho diagnóstico da colonoscopia virtual e dos exames endoscópicos tradicionais, como a colonoscopia. Uma das mais importantes pesquisas sobre o assunto foi publicada na revista New England Journal of Medicine, que concluiu que a colonoscopia virtual e a colonoscopia tradicional possuem eficácia semelhante?, comenta o médico, lamentando ainda que o exame não possa ser feito pelo SUS nem pelos planos de saúde, o que o torna ainda inacessível a boa parte da população.

 

Saiba mais sobre o câncer colorretal

 

O câncer colorretal é a terceira doença maligna mais freqüente em todo o mundo e a segunda causa de morte por câncer nos Estados Unidos. A estimativa para 2010 é de que cerca de 102.900 novos casos de câncer do cólon e cerca de 39.670 novos casos de câncer do reto sejam diagnosticados por lá, com cerca de 51.370 mortes (cólon e reto, combinados). 

No Brasil, a estimativa do INCA (Instituto Nacional de Câncer) é de que cerca de 13.310 novos casos em homens e de 14.800 em mulheres sejam diagnosticados. Estes valores correspondem a um risco estimado de 14 casos novos a cada 100 mil homens e 15 para cada 100 mil mulheres.

O câncer colorretal se forma nos tecidos do cólon (maior parte do nosso intestino) e do reto (porção final do cólon, próximo ao ânus). Na sua grande maioria são adenocarcinomas (tumores de células que secretam e liberam muco e outros tipos de fluídos).

A sobrevida para esse tipo de neoplasia é considerada boa, se a doença for diagnosticada em estádio inicial. A sobrevida média global em cinco anos se encontra em torno de 55% nos países desenvolvidos e 40% para países em desenvolvimento. Esse relativo bom prognóstico faz com que o câncer de cólon e reto seja o segundo tipo de câncer mais prevalente em todo o mundo, com aproximadamente 2,4 milhões de pessoas vivas diagnosticadas com essa neoplasia, ficando atrás somente do câncer de mama em mulheres.

A história familiar de câncer de cólon e reto e a predisposição genética ao desenvolvimento de doenças crônicas do intestino (como as poliposes adenomatosas) configuram-se como o mais importante fator de risco para o desenvolvimento desse tipo de neoplasia. Além disso, uma dieta baseada em gorduras animais, baixa ingestão de frutas, vegetais e cereais; assim como consumo excessivo de álcool e tabagismo são fatores de risco para o aparecimento da doença.

A idade também é considerada um fator de risco, uma vez que tanto a incidência como a mortalidade elevam-se com o aumento da idade. A prática de atividade física regular está associada a um baixo risco de desenvolvimento do câncer de cólon e reto



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