Facebook oferece até US$3mi a veículos de mídia para publicar conteúdo

Segundo o WSJ, contratos de licenciamento valeriam por três anos; matérias e artigos seriam reproduzidos em nova seção.

| Johannes Berg Bloo
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O Facebook ofereceu a vários veículos de comunicação milhões de dólares em troca do direitos de exibir seusconteúdos em uma seção de notícias que planeja lançar ainda neste ano, noticiou o jornal americano Wall Street Journal. As informações são do O Globo.

Segundo o WSJ, representantes da gigante de tecnologia disseram aos executivos dessa empresas de mídia que estariam dispostos a pagar até US$ 3 milhões anualmente pelo direito de licenciar matérias inteiras, manchetes e prévias de artigos de agências de notícias, disseram fontes a par da negociação.

A reportagem do WSJ indica ainda que os acordos de licenciamento seriam por três anos. Não está claro, no entanto, se algum meio de comunicação aceitou a proposta feita pelo Facebook.

As empresas abordadas pelos representantes do Facebook incluem a ABC News, da Disney, The Washington Post, Bloomberg e Dow Jones, de acordo com a reportagem do Wall Street Journal. Procurada pela reportagem, a ABC News não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. Dow Jones, Bloomberg e The Washington Post se recusaram a comentar.

Crédito: Johannes Berg/Bloo

O Facebook, de Mark Zuckerberg, fica com boa fatia do dinheiro levantado com publicidade que antes era destinado a jornais e agências de notícias on-line. Há anos, a companhia e o Google têm sido as duas forças dominantes na publicidade digital, e, agora, a Amazon está acelerando rapidamente seu próprio negócio de publicidade, colocando mais pressão sobre os concorrentes menores.

Facebook, Google e outras empresas como YouTube e Instagram têm sido alvo de críticas dos meios de comunicação justamente por distribuírem notícias ou conteúdos sem contrapartidas às companhias que as produzem.

Em julho, uma resolução aprovada pelo Conselho Executivo das Normas Padrão (Cenp) — órgão que engloba diversas entidades, como Associação Nacional de Jornais (ANJ) e Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), e define regras comerciais para o mercado publicitário — passou a considerar plataformas digitais on-line como veículos de comunicação .

Na resolução, foram reconhecidas como “veículos de divulgação ou comunicação” as seguintes categorias: internet-busca, internet-social, internet-vídeo, internet-áudio e internet-display, remetendo a plataformas on-line como Google, Facebook, YouTube, Instagram e afins.

Na prática, com a decisão do Cenp, as empresas de tecnologia terão de estabelecer uma tabela de preços, com base nas normas do conselho, para o mercado publicitário brasileiro, como já fazem diversos segmentos de mídia. O objetivo da decisão foi dar mais transparência aos preços cobrados.

Atualmente, segundo executivos do setor publicitário, os valores cobrados por empresas de tecnologia variam de acordo com a demanda. Ou seja, em momentos de maior procura, os preços sobem.

A decisão do Cenp foi respaldada por 23 representantes de fundadores e associados. Poucos dias depois, porém, o IAB Brasil, entidade que reúne empresas de mídia e de tecnologia como Google e Facebook, decidiu se retirar do conselho.



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