Fé e solidariedade reúnem fiéis na Caminhada da Fraternidade

A edição deste ano comunga com o cuidado com a Casa Comum.

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Aos 81 anos, dona Aracele Prado acompanhava satisfeita a multidão que seguia pela Avenida Frei Serafim, durante a 21ª Caminhada da Fraternidade. A fé sempre esteve presente em sua vida, mesmo após problemas de saúde. “Eu já participo há muito tempo, só perdi uma Caminhada até hoje, porque quebrei minha perna e não podia andar”, ela conta. Aracele estava entre as mais de 80 mil pessoas estimadas na unidão pela solidariedade, segundo a coordenadora Enilde.

A edição deste ano comunga com a Campanha da Fraternidade 2016 o cuidado com a Casa Comum, trazendo o tema “Mãe Terra: nossa casa, nossa causa”. A iniciativa, que acontece anualmente, acontece na intenção de arrecadar fundos para a realização das atividades da Ação Social Arquidiocesana (ASA), que mantém trabalhos voltados a pessoas carentes de Teresina, sejam eles idosos, crianças em situação de risco ou pessoas com problemas de saúde, além de entidades da capital.

A concentração aconteceu a partir das 7h da manhã no adro da Igreja São Benedito, no Centro da cidade, onde o arcebispo Dom Jacinto celebrou a Santa Missa. O percurso contemplou a Avenida Frei Serafim, Av. João XXIII e a Nossa Senhora de Fátima, encerrando com a bênção final e show de bandas locais na Avenida Universitária, próximo à Universidade Federal do Piauí (Ufpi).

Enfatizando a luta em favor do respeito, da esperança e da solidariedade, buscando valorizar as pessoas e combater preconceito e exclusão social, durante a missa foi citado o episódio bíblico conhecido como a “unção em Betânia”, concluindo que todos os homens são pecadores de alguma forma, e isso não deve ser motivo para exclusões, pois o ato de amar e da solidariedade curam.

Padre Clemilson, da paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro no bairro Mafrense, explica que a caminhada é um gesto de misericórdia. “É importante porque essa caminhada tem a proposta de arrecadar fundos em prol dos necessitados, dos pequeninos do Senhor, de várias instituições. É um ato de fé. Para a Igreja, isso é precioso”, ele enfatiza.

Para reunir todos os fiéis, nenhuma paróquia celebrou missas pela manhã, voltando-se para a Igreja São Benedito. Mesmo quem não comprou os kits, compostos por camiseta, bolsa e boné, participou da missa e acompanhou a celebração. “Todos os anos conseguimos superar o anterior – em 2015 foram mais de 70 mil kits vendidos”, conta o padre.

Muitos jovens participavam empolgados da caminhada, entoando cânticos religiosos e executando coreografias. Entre esses jovens estava a estudante A estudante Sandy de Sousa Castro, de 18 anos. Ela conta que sua animada turma faz parte do grupo de oração Turíbulo do Senhor, da Renovação Carismática Católica do Dirceu Arcoverde. Sandy explica o motivo de tanto entusiasmo: “É muita alegria a gente poder estar nesse movimento que só fará bem para muitas pessoas. A fraternidade é justamente ajudar a quem precisa”. Ela conta que muitas pessoas próximas se fizeram presentes, fossem familiares ou amigos.

Foi possível encontrar pessoas de todas as idades, desde bebês empurrados em carrinhos pelos pais a idosos que acompanham a igreja há mais tempo. O casal Marlúcia e Flávio levaram os filhos Isaac e Yasmin, de 5 e 8 anos. Marlúcia conta que suspendeu sua participação por alguns anos, porque os filhos eram menores, mas resolveram retomar este ano – e na companhia dos pequenos. “A caminhada promove a união, solidariedade, a paz, e por isso é relevante. É importante que eles participem desde cedo”, ela conta.

Antonina Rosa da Cunha, de 47 anos, já é participante assídua da Caminhada, contando com 15 anos de presença. Missionária da Mãe Rainha, ela explica que é ativa na sua paróquia, da Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no bairro Alto Alegre. Animada, ela afirma: “aqui, além da gente se divertir, ainda ajuda as entidades comprando os kits”.

Mesmo quem não pôde acompanhar a caminhada, se fez presente para prestigiar a Santa Missa. Iraneide Brito, de 69 anos, faz parte da coordenação dos Ministros da Eucaristia e frequenta a paróquia Nossa Senhora das Graças, na Capelinha de Palha. Por causa da saúde, não consegue integrar-se ao percurso. “Meu joelho não aguenta, mas há dez anos que sempre estou na missa. É uma bênção, você se sente mais leve, não se cansa. A Igreja é tudo pra mim”, ela exclama.

Segundo o Padre José de Pinho, da igreja Nossa Senhora do Amparo, o evento já se consolidou dentro do calendário religioso da Arquidiocese. ”Temos um número de fiéis significativo, com participação do clero, de movimentos e pastorais. Nossa demanda foi grande e a Caminhada tem uma importância substancial para a Igreja Católica, pois é feito todo um trabalho social que consegue ser subsidiado por um ano com a arrecadação, na compra de alimentos, roupas e remédios”, ele encerra.



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