Feminicídio: 1.338 mulheres foram mortas durante a pandemia

O levantamento foi realizado com base em informações repassadas pelas secretarias de Segurança Pública dos 26 estados e do Distrito Federal

Manifestação contra feminicídio em Teresina | Efrem Ribeiro
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Um levantamento do Instituto DataFolha mostra o cenário da violência contra a mulher durante a pandemia, fator agravado pelo isolamento social. De acordo com a pesquisa, uma  a cada quatro mulheres foi vítima de algum tipo  de violência nesse período e 1.338 casos de feminicídio.

O levantamento foi realizado com base em informações repassadas pelas secretarias de Segurança Pública dos 26 estados e do Distrito Federal e apontam os companheiros, ex-companheiros e homens que pretendiam ter um relacionamento com as vítimas como os principais responsáveis pelos crimes.

Manifestação contra feminicídio em Teresina ( foto: Efrem Ribeiro) 

Para os especialistas ouvidos pelo DataFolha, o aumento da violência contra a mulher está diretamente relacionada às políticas de afrouxamento das regras de controle de armas e munição.

“Há muitos indícios e estudos em outros países que apontam para o agravamento da violência contra as mulheres em situação de crises, como tem sido na pandemia”, afirmou Aline Yamamoto, especialista em Prevenção e Enfrentamento à Violência contra as Mulheres da ONU Mulheres Brasil.

ESTADOS MAIS VIOLENTOS PARA AS MULHERES 

Dos 13 Estados que registraram o aumento da violência contra as mulheres em 2020, 12 são do Norte, Centro-Oeste ou Nordeste. Apenas Minas Gerais (alta de 4%) está fora desse grupo.

Conforme o estudo, dos estados que historicamente têm grande número de feminicídios, o Mato Grosso teve expressivo aumento em 2020, 59%. É também onde, proporcionalmente à sua população, mais mulheres são mortas por sua condição de gênero.



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