Flordelis e pastor tinham uma “relação aberta“, afirma Delegada

Os filhos da pastora vestem bermuda azul e camisa branca e calçam chinelos brancos. Ambos estão usando máscara de proteção no rosto

Flordelis e o marido, Anderson do Carmo de Souza, que foi assassinado a tiros dentro da casa da família, em Niterói Foto: Reprodução | Foto: Reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Com uma hora de atraso em relação ao horário previsto inicialmente, Flávio dos Santos e Lucas Cezar dos Santos entraram às 14h no Tribunal do Júri de Niterói, Região Metropolitana do Rio, onde são julgados a partir desta terça-feira pela morte do pastor Anderson do Carmo. 

Flávio, que entrou depois do irmão, permanece de cabeça baixa todo o tempo. No julgamento, ambos são indiciados por participação no crime. A primeira a depor é a delegada Bárbara Lomba, que atuou no caso do assassinato. Segundo ela, os dois não articularam o crime sozinhos, e Flávio nunca citou qualquer envolvimento da mãe na morte.

Flávio e Lucas (à esquerda) aguardam início do julgamento Foto: Domingos Peixoto/Agência O Globo  

— Eles eram peças manobradas. Nós víamos que não eram eles que tinham pensado no homicídio, planejado o homicídio sozinhos. Eles sofriam influência, e por isso teve o pedido para que eles ficassem presos na delegacia durante o período de prisão temporária — destacou a delegada, que comentou sobre as relações da casa: — O Anderson virou marido da Flordelis, mas não era exclusivamente com ele que ela se relacionava. E ele (Anderson) também não. Era uma relação aberta ali.

— O Flávio nunca entregou o envolvimento da Flordelis no crime. Mas chegou a falar informalmente que ele pode ter sido usado, manipulado para cometer o crime. Falou da Simone — citou Bárbara, referindo-se a filha de Flordelis que admitiu em depoimento ser a mandante do crime.

Bárbara falou sobre a diferenciação de tratamento entre os filhos.

— Embora vários filhos tenham sido adotados, havia tratamentos diferenciados, como separação de comida, alimentação diferente, locais onde ficavam na casa. Me parece que o pastor teve visão quase que empresarial de tudo isso. Ele viu que a Flordelis seria um personagem interessante para ganhar dinheiro. Essa coisa da adoção é uma coisa que vende. Ele (Anderson) não tinha uma relação afetiva com ninguém, era muito rígido — disse a delegada antes de ser interrompida pela juíza, que pediu perguntas direcionadas já que o julgamento não é da Flordelis.

No júri, Lucas e Flávio vestem bermuda azul e camisa branca e calçam chinelos brancos. Ambos estão usando máscara de proteção no rosto. Flávio, que entrou depois do irmão, permanece de cabeça baixa todo o tempo. Na leitura da denúncia, o pai do pastor levantou-se e virou-se na direção de Lucas e Flávio e disse, para uma pessoa que o acompanha, que queria "olhar para a cara deles". Os jurados são cinco homens e duas mulheres. O julgamento teve inicio às 14h30.

— Quero que se faça justiça. Meu filho foi morto, e atrás dele foram a mãe e a irmã. Me sinto arrasado, a familia toda está arrasada. Perdi toda minha família. É muita maldade, ganância. Ela podia ter se separado dele. Ela (Flordelis) estaria solta, e ele, vivo. Por causa de dinheiro aconteceu isso. Espero que a justiça seja feita — disse ele.

Leia Mais


Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES