Flordelis usou código para dar início a plano fatal, afirma polícia

Segundo os investigadores, deputada mandou uma mensagem para a filha adotiva Marzy Teixeira no dia da morte do pastor. Filha foi presa na segunda-feira (24).

Crime | Reprodução
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A reportagem teve acesso a novos detalhes da trama envolvendo a deputada federal Flordelis e os filhos para matar o pastor Anderson do Carmo. Para a polícia, um código usado por Flordelis deu início ao plano de assassinato. A polícia acredita que a própria deputada federal Flordelis deu o sinal para que o plano de matar o pastor Anderson do Carmo entrasse em ação.

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Polícia cre que mensagem de Flordelis a filha foi código para executar plano para matar Anderson

Às 3h03 do dia 16 de junho de 2019, um domingo, ela mandou uma mensagem para a filha adotiva Marzy Teixeira da Silva, que foi presa na segunda-feira (24).

A deputada escreveu: Oito e quinze me chama.

A polícia afirma ter evidência pelo celular que Marzy estava acordada e partir daí teria acionado Flávio dos Santos, filho biológico de Flordelis, e que é apontado como autor dos disparos que mataram o pastor. Ele foi preso no velório do padrasto.

Os investigadores acreditam que era um código. Anderson morreu meia hora depois.

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Filha pesquisou na internet: 'Assassino onde achar'

A polícia tem outras provas de participação de Marzy na trama: ela tinha ganhado da mãe a missão de contratar alguém para matar o pastor.

Chegou a pesquisar na internet por termos que a levassem a alguém para executar o serviço:

"Assassino onde achar"

"Alguém da barra pesada"

"Barra pesada online"

EnvenenamentoFlordelis e pastor AndersonUm parecer médico sobre as tentativas de envenenamento do pastor Anderson foi anexado à denúncia do Ministério Público do Rio.

O documento lembra que o pastor compareceu ao hospital "por seis ocasiões diferentes, num período de cinco meses", com os mesmos sintomas: "náuseas, vômitos frequentes, dor abdominal e mal estar geral."

O pastor passou por exames que não descobriram problemas gastrointestinais, como gastrite e infecções por bactéria.

Os peritos do MP concluíram "fortes indícios que as seguidas internações dele, com idênticos sinais e sintomas, configuram intoxicação exógena continuada - ou seja devido a causas externas - por via oral, praticada por terceiros - o chamado envenenamento crônico."

Ainda segundo os peritos, "considerando as características de ordem clínica , apresentadas pela vítima, e as manifestações clínicas, eles sugerem que o agente empregado foi arsênico."

Os peritos ressaltam que também "existiu intenção de intoxicar Anderson do Carmo em data posterior aos atendimentos médicos, com cianeto. Visto que foi evidenciada pesquisa na internet relacionada a essa substância por parte dos envolvidos."

Conclusão do inquérito

O pastor Anderson do Carmo de Souza – marido da deputada federal Flordelis – foi executado com mais de 30 tiros na madrugada de 16 de junho de 2019, pouco depois de chegar em casa, em Pendotiba, Niterói.

O inquérito concluiu que Anderson foi morto por questões financeiras e poder na família – o pastor controlava todo o dinheiro do Ministério Flordelis, hoje rebatizado Comunidade Evangélica Cidade do Fogo.

Flordelis é uma das 11 pessoas denunciadas pelo MPRJ.

Após o crime, Flordelis relatou em depoimento e à imprensa que o pastor teria sido morto em um assalto.

A deputada vai responder por cinco crimes: homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima), associação criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso e tentativa de homicídio (pelo envenenamento).



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