“Foi uma cena de horror”, diz esposa de guarda municipal assassinado

Pamela Suellen Silva, que é investigadora da Polícia Civil, relatou que o assassino José da Rocha Guaranho entrou no local com o objetivo de “matar as pessoas da festa”

reprodução | reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Pamela Suellen Silva, esposa do guarda municipal Marcelo Arruda, assassinado na noite de sábado (9) pelo policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, falou sobre tragédia que vivenciou ao ver o marido ser alvejado durante sua própria festa de aniversário, em Foz do Iguaçu (PR). Com informações do jornal O Globo.

Extremamente emocionada, Pamela, que é investigadora da Polícia Civil, relatou que o assassino José da Rocha Guaranho entrou no local com o objetivo de “matar as pessoas da festa” e que isso fez seu companheiro revidar os tiros. Marcelo deixa dois filhos com Pâmela, Pedro, com apenas 40 dias, e Helena, de seis anos.

Pamela viu o marido ser assassinado a tiros durante festa (Foto: reprodução)

Segundo Pamela, o homem até então desconhecido pela família apareceu em um carro branco, abriu o vidro e começou a gritar palavras contrárias à posição política de Marcelo Arruda. "Marcelo foi até ele pedir que fosse embora e ele sacou uma arma e apontou para o Marcelo. A mulher dele estava dentro do carro com uma criança e pediu pelo amor de Deus para ele ir embora. Ele foi, mas disse que voltaria", contou. 

Pamela relata que achou que Guaranho não voltaria. Por isso, ela não foi buscar a arma que tinha no carro, por ser policial. Já Marcelo levou a ameaça mais a sério e trouxe a arma que usava como policial municipal. 

"Quando ele retornou eu disse: ‘Vai embora cara, polícia’, mostrando que somos policiais. Mas ele começou a atirar a esmo, foi com intuito de matar as pessoas da festa. Aí Marcelo revidou. Um tiro atingiu a perna do Marcelo e o assassino chegou muito perto para executá-lo. Marcelo estava caído no chão. Foi horrível, horrível, uma cena de horror. Corri no carro para pegar minha arma e quando cheguei, Marcelo já estava no chão e o homem, também. Ele atirou no salão de festas onde tinham crianças, bebê. A bala quebrou o vidro do salão de festas e um pai se jogou pra proteger seu bebê", conta.

Pamela conta que a temática do PT para a festa de 50 anos foi uma brincadeira feita por amigos e familiares a pedido do marido, que era militante do partido, foi candidato a vereador pela legenda e também a vice-prefeito de Foz em 2020. 

A esposa descreve Marcelo como “excelente pai, prestativo, atencioso, alegre e sempre de bom humor”, além de “politicamente ativo”, tanto em relação ao PT quanto sobre questões sindicais, já que ele integrava a executiva do Sindicado dos Servidores Municiais de Foz de Iguaçu.

Pamela relata que a violência política vinha chamando cada vez mais a atenção do companheiro, que falava que o cenário estava ficando mais perigoso. "Ele sempre foi atento a isso, ainda mais nos últimos anos. Estava preocupado. A gente conversava em casa e ele falava a gente tínhamos que cuidar muito disso, que estava ficando cada vez pior", relatou.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES