Ford vai fechar fábrica em SP e deve demitir 2.800 funcionários

Montadora vai encerrar a produção do modelo Fiesta no Brasil em 2019

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A Ford vai fechar sua fábrica em São Bernardo do Campo e encerrar a produção do modelo Fiesta no Brasil em 2019. A montadora americana também decidiu sair do mercado de caminhões na América do Sul. Com as decisões, 2,8 mil empregados devem ser demitidos até o fim deste ano. 

Além da unidade de São Bernardo, a Ford tem no Brasil uma fábrica de veículos em Camaçari, na Bahia, onde produz o Ka e o utilitário EcoSport, e uma de produção de motores e transmissões em Taubaté (SP).

Em nota, a Ford informa que a decisão é "um importante marco no retorno à lucratividade sustentável de suas operações na América do Sul".

"A manutenção do negócio teria exigido um volume expressivo de investimentos para atender às necessidades do mercado e aos crescentes custos com itens regulatórios sem, no entanto, apresentar um caminho viável para um negócio lucrativo e sustentável", acrescenta a companhia, em nota.

No comunicado, Lily Watters, presidente da montadora para a América do Sul, afirma que a montadora buscou alternativas para evitar o fechamento da unidade, como parcerias e venda de operações, mas não houve solução. 

"Sabemos que essa decisão terá um impacto significativo sobre os nossos funcionários de São Bernardo do Campo e, por isso, trabalharemos com todos os nossos parceiros nos próximos passos", disse.

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, uma reunião com os sindicalistas foi realizada na tarde desta terça-feira (19/02) para o anúncio do fechamento da fábrica, sem que "qualquer membro do sindicato pudesse participar da decisão".

A Ford afirmou que vai continuar as vendas de caminhões F-4000 e F350 e do Fiesta até o final dos estoques.

No Brasil, a marca ocupava a quarta posição no segmento de caminhões, com 12% de participação em 2018, atrás de Mercedes-Benz, Volkswagen e Volvo.

A Ford vendeu 9,300 mil veículos de carga no ano passado, um crescimento de 19% sobre o 2017. O desempenho, porém, ficou abaixo da expansão de vendas do segmento no período, de 46%, segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).



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