Frederick Wassef vira réu por peculato e lavagem de dinheiro

A denúncia apresentada na última sexta feira (25), faz parte de desdobramento da operação E$quema S

Frederick Wassef | Divulgação
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A juíza federal substituta Caroline Vieira Figueiredo, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, aceitou nesta quarta-feira (30) denúncia do MPF-RJ (Ministério Público Federal do Rio de Janeiro) contra os advogados Frederick Wassef (que já representou a família Bolsonaro) e mais 4 pessoas por peculato e lavagem de dinheiro. 

Os outros denunciados são: as advogadas Luiza Nagib Eluf e Marcia Carina Castelo Branco Zampiron; o ex-presidente da seção fluminense do Sistema S, Orlando Diniz; e o empresário Marcelo Cazzo.

A denúncia (íntegra – 8MB), apresentada na última sexta feira (25), faz parte de desdobramento da operação E$quema S, que investiga suposto esquema de tráfico de influência envolvendo grandes escritórios de advocacia.

Em nota, o MPF disse que a juíza atribuiu o recebimento da denúncia à existência de 1 amplo conjunto de provas. “Inclui análises da Receita sobre movimentações reveladas a partir da quebra judicial de sigilos bancários, elementos obtidos na Operação Zelotes e compartilhados pela 10ª Vara Federal (de Brasília), material arrecadado pela PF a partir de buscas e apreensões, além de declarações de 1 dos réus“, disse.

Wassef e mais 4 viram réus por peculato e lavagem de dinheiro Foto: Sérgio Lima/Poder360 

OUTRO LADO

Em nota, o advogado Frederick Wassef negou as acusações e disse que “estão criminalizando a advocacia no Brasil”.

Eis a íntegra:

“Estão criminalizando a advocacia no Brasil. Eu não tenho e nunca tive qualquer relação comercial com a Fecomércio, não fui contratado por eles, não recebi um único centavo desta entidade e jamais negociei com eles. Fui contratado e prestei serviços advocatícios a um renomado escritório de advocacia criminal de São Paulo, em que a dona é uma famosa procuradora do Ministério Público de São Paulo, conhecida por ter dedicado toda sua vida e carreira a instituição Ministério Público e o combate ao crime, tratando-se de pessoa pública, íntegra, proba e de idoneidade inquestionável. Os serviços advocatícios foram devidamente prestados, os honorários foram declarados à receita federal e os impostos pagos. Após dois anos de investigação da Fecomercio, jamais fui intimado ou convocado por qualquer autoridade a prestar qualquer esclarecimento. Desde o início da referida operação “esquema” não fui investigado e ao final não fui denunciado, pois sempre souberam que jamais participei de qualquer esquema. Estranhamente após a denúncia de todos os advogados citados na referida operação sofri uma busca e apreensão em que nada foi apreendido por não terem encontrado qualquer irregularidade e mais estranhamente ainda resolveram oferecer uma denúncia relâmpago, isolada, baseada em absolutamente nada contra minha pessoa. A denúncia do Ministério Público Federal é inepta e não descreve qualquer conduta praticada por mim ou mesmo qualquer crime, tendo se limitado a narrar simplesmente pagamentos de honorários advocatícios por serviços devidamente prestados, inovando no Brasil, transformando o regular exercício da advocacia em crime, de forma irresponsável e sem medir as consequências de dano de imagem e reputação a minha pessoa. Nunca em minha vida respondi a qualquer processo ou fui investigado, sempre tive um nome limpo e sequer em 28 anos de advocacia tive uma única representação em meu desfavor perante a Ordem dos Advogados do Brasil.”

A defesa da advogada Luiza Eluf disse que ela “recebeu com absoluta perplexidade” a decisão da Justiça Federal do Rio.

“A advogada Luiza Eluf recebeu com absoluta perplexidade a notícia do oferecimento da denúncia. Ela sempre trabalhou de forma correta e transparente, com atuação rígida nos termos da Lei. Repentinamente, é surpreendida com uma perseguição desvinculada da realidade. A defesa já havia feito contato com o Ministério Público Federal e solicitado que ela fosse ouvida presencialmente e aguardava que a data fosse marcada. As advogadas Izabella Borges e Maíra Fernandes, que defendem Luiza Eluf, acreditam que a Justiça do espetáculo pode causar infinitos danos ao país! Luiza Eluf reforça que não praticou crime algum, que o serviço foi prestado conforme contrato, as notas emitidas, os tributos recolhidos, e sua inocência será comprovada.”



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES