Fundação Viver com Dignidade alavanca autoestima de idosos

Projeto oferece integração e atividades física para aqueles que alcançaram a chamada “melhor idade”

Fundação Viver com Dignidade eleva autoestima de idosos | Raíssa Morais
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Um olhar atento é o suficiente para suprir uma necessidade que todo mundo tem: atenção. Chegar à terceira idade é um privilégio do tempo, mas muitas das pessoas que chegam a esta idade terminam se sentindo solitárias ou mesmo inválidas pelas condições físicas impostas pelos anos. Na contramão disso, existem pessoas que fazem o bem de várias maneiras, como a Fundação Viver com Dignidade. 

A Fundação possui um atendimento amplo a vários segmentos da sociedade. Um dos braços de atuação da instituição é o Grupo de Idosos Santa Luzia, que se reúne no Centro Paroquial da Igreja de Santa Luzia, no bairro Promorar, zona Sul de Teresina. Por lá eles conversam, trocam experiências e movimentam o corpo.

Maricildes da Silva, presidenta da instituição, explica que esse é um processo necessário para incluir os idosos na sociedade, com respeito e zelo.  “O principal objetivo é fortalecer vínculos entre idosos, comunidade e família. As crianças têm atividades escolares remotas, e muitos idosos não têm essa habilidade com a internet”, considera.

Atividades com idosas do Grupo Santa Luzia \ FOTO: Raíssa MoraisAtividades com idosas do Grupo Santa Luzia \ FOTO: Raíssa Morais

A ideia de Maricildes é ampliar o atendimento. “Nós precisamos de mais apoio para as atividades. Estamos buscando ser de segunda a sexta. Pesa um pouco no financeiro, mas queremos oferecer mais qualidade de vida para eles. Precisamos de mais parceiros para que esse trabalho continue”, acrescenta. 

E as ações têm participação direta dos beneficiados. Narcisa Evangelista, por exemplo, hoje é coordenadora em 15 dos 20 anos em que participa. 

"Aqui a gente se encontra, conversa, sorri. A gente brinca, esquece problemas e doenças. Faz amizades. A gente conhece gente nova, conversa sobre tudo. Tem um forrozinho!", comemora.

Maricildes da Silva, presidenta da instituição destaca objetivo do grupo | FOTO: Raíssa Morais

Idosos aprovam os serviços oferecidos

Maria de Fátima tem 65 anos e não imagina mais a vida sem o Grupo de Idosos Santa Luzia. “Eu sou muito feliz aqui e fora do grupo. Eu animo todo mundo. Quando eu falto o povo sente minha falta. Chorar não paga conta. Sou mais conhecida que farinha. Onde ando o povo me conhece. Fui professora e estou aqui desde o início. O idoso que vem é sempre bem recebido”, revela.

Maria de Fátima é uma das participantes das atividades | FOTO: Raíssa Morais

Para Zélia Catarina, de 74 anos, o bom mesmo é fazer amizades.  “A gente constrói laços. A gente se apega às pessoas. Estou desde o início e vejo que fica cada vez melhor. Ser idosa representa a vivência que a gente já teve. Quero viver mais e conversar mais. Idoso não só come e dorme. Ele tem que andar e fazer ginástica para viver melhor", aponta. 

Zélia Catarina destaca os laços afetivos construídos pelo grupo | FOTO: Raíssa Morais

Já Cristina Soares, de 59 anos, se antecipou antes mesmo de completar os 60. “Participo desde os meus 54 anos. Estou me preparando para entrar na terceira idade. Agora que retornou com força total depois da pandemia, a gente continua mexendo com o corpo, mente e a língua! Porque a gente conversa muito. Temos muitas palestras. É muito bom!”, considera.

Cristina Soares tem 59 anos e também participa das aulas | foto: Raíssa Morais

Parcerias impulsionam ações do Grupo de Idosos Santa Luzia

A Fundação Viver com Dignidade possui parceiros importantes para o desenvolvimento de ações com o Grupo de Idosos Santa Luzia. Através da Associação Vida Ativa, é possível auxiliar os idosos de forma multidisciplinar. 

É o que explica Clemilton Lima, que realiza ginástica com os idosos. “Oferecemos atividades para os idosos. Eles buscam a atividade física, além da questão das festas comemorativas, onde tem essa integração, é importante que eles tenham essas vivências", explica. 

Ginástica movimenta mulheres da melhor idade | foto: Raíssa Morais

O atendimento é integral. "Fazemos atividade física, palestra motivacional, psicologia e nutrição. Nossa meta é cuidar da saúde do idoso. Hoje eles sofrem com o isolamento social e a falta de atividade física. São várias consequências na saúde pela ausência. Então eles gostam de passear e estarem juntos. Idosos não devem ficar trancados em casa, eles precisam de cuidado”, acrescenta.

O projeto também conta com o apoio da Paróquia, que cede o espaço.  “É algo necessário para que os idosos se sintam acolhidos, pois muitas vezes eles se sentem sozinhos. Então é necessário esse acompanhamento. Tudo isso ajuda na integração. Isso mostra aos idosos que eles não são descartáveis e nem um peso para a igreja ou a sociedade. Ele pode ter uma vida saudável mesmo com a idade avançada”, finaliza.



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