Ganância financeira leva o mundo à falência. por José Osmando de Araújo

Ou o mundo acorda, ou estamos literalmente falidos. Não apenas economicamente, mas em decência, civilidade, e humanidade.

Crise econômica mundial fecha bancos | DIV
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Por José Osmando de Araújo

Ganha evidência uma nova e grave crise econômica mundial, puxada pela quebradeira de bancos de países desenvolvidos, Estados Unidos e Comunidade Europeia na dianteira. 

Como em 2008, os graves problemas financeiros disparados em primeiro momento pelos “mísseis” norte-americanos, anunciam que grandes bancos e seus gigantes conglomerados entraram em falência, quebraram, ou estão tendo perdas historicamente incomparáveis nas bolsas, incapazes de controle. 

O primeiro e mais notável caso desses últimos dias refere-se ao SVB (Silicon Valley Bank), o banco do Vale Silício, dos futurosos e delirantes mercados das inovações tecnológicas, que fechou as portas na sexta-feira, 10 de Março, após intervenção do regulador, causando um grande efeito contágio e um forte alerta na economia dos EUA e do mundo. Estamos falando simplesmente do 6º maior banco americano. 

CONTÁGIO 

Os efeitos nas políticas monetárias estão no radar. Eles sabem que o contágio para outras instituições financeiras é uma gritante realidade e real ameaça. E vão, mais uma vez, tentar correr atrás dos prejuízos. 

Acontece que eles não têm noções de realidade e muito menos qualquer censo de humanidade.  

O que os mandatários políticos e econômicos do mundo parecem não terem ainda entendido, é que não adianta manter uma política de concentração de dinheiro nas mãos de poucos, ostentando a rotulação de países ricos, enquanto na base da pirâmide os problemas sociais se agravam pelo mundo afora, deterioram-se, e ganham ares incontornáveis de luta de classes. Pura questão de sobrevivência humana, para a qual os “mercados” fecham cada vez mais os olhos. Ou simplesmente minimizam.  

MERCADO IMPRODUTIVO 

O crescimento das fortunas dos mais ricos do planeta, que vergonhosamente evoluiu em meio à mais grave crise de Pandemia sanitária do planeta em um século, não decorre em razão das atividades de produção desses seus artífices multibilionários, não se dá porque estão oferecendo novas e facilitadoras inovações à humanidade, não corre porque estão oferendo oportunidades de trabalho e emprego, dando aos jovens chances de seguir em frente, mas exatamente por uma única só razão: são “especialistas especuladores” do mercado financeiro improdutivo.  

Um estudo recente da Oxford, uma das mais respeitadas organizações não-governamentais mundiais, com forte atuação no Brasil, revela que os 2.153 multibilionários do mundo têm mais riqueza do que os 4,6 bilhões de habitantes do planeta terra, ou cerca de 60% da população mundial . 

RELATÓRIO DA ONU 

Recentemente, um Relatório da ONU sobre  a Pobreza e Direitos Humanos mostrou que as políticas econômicas e financeiras de diversos países desenvolvidos, no seu afã de “austeridade”, que se revela falso e perverso, infligiram desnecessariamente grande miséria, sobretudo aos trabalhadores pobres, mães solteiras lutando contra as próprias adversidades, às pessoas com deficiências, a jovens em busca de oportunidades, a idosos condenados ao ócio, e milhões de crianças presas num ciclo de pobreza da qual terão gigantescas dificuldades de escapar. 

CICLO VERGONHOSO

 A triste realidade, contrastando com a opulência decadente da riqueza mundial concentrada num ciclo vergonhoso de poder e exploração, é que a pobreza, a fome, a desnutrição, as mortes por inanição, a falta de oportunidades (que está literalmente ligada à ausência de liberdade), estão se tornando condições insustentáveis. É preciso recuperar a razão.  

Ou o mundo acorda, ou estamos literalmente falidos.  

Não apenas economicamente, mas em decência, civilidade, e humanidade.



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