Hardware for Good: projeto já distribuiu 260 smartphones para PCD

Projeto vai possibilitar a autonomia das pessoas cegas, a partir das ferramentas já disponíveis

Inclusão social | Divulgação
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O Hardware for Good, que no Piauí é coordenado pela ONG Comradio do Brasil através do projeto Mulheres de Visão, com o apoio da Fundação Dorina Nowill para Cegos, já entregou 260 smartphones com acessibilidade e acesso à internet para pessoas com deficiência visual. A ideia é promover inclusão social e digital.

Os aparelhos entregues possuem ferramentas que facilitam o uso para quem precisa da acessibilidade tecnológica. Esta é a maior ação de acessibilidade digital no Piauí, com foco em atender as necessidades do uso de recursos digitais por pessoas com deficiência visual.

Projeto promove conectividade e acessibilidade (Divulgação)

Além de promover conectividade e acessibilidade, por meio dos dispositivos, o projeto também vai possibilitar a autonomia das pessoas cegas, a partir das ferramentas já disponíveis no sistema Android. Os smartphones são modelo Motorola, que funcionam com fluidez e adequação ao Google.

Os beneficiados poderão acessar os recursos de acessibilidade que ajudam na rotina. Através de comando de voz, eles podem fazer tudo: ver as horas, mapas, tempo, adicionar lembretes e efetuar ligações. Isso dá autonomia e uma melhor qualidade de vida a pessoas cegas e com baixa visão.

Mobilização social e digital (Divulgação)

Para Iraildon Mota, fundador da Escola/ONG Comradio, o grande benefício disso é que é possível promover a provocação social. "É uma mobilização social e digital. Isso causa um impacto gigante. Estamos nos preparando para fazer as primeiras campanhas. Essa é a maior ação de acessibilidade digital para pessoas com deficiência pessoal no Piauí”, considera.

Equipamento promove impacto social (Divulgação)Projeto tem ação global

De acordo com Iraildon Mota, o projeto piloto permite que o Google ofereça um serviço ainda melhor para as PCD a partir da análise do uso dos aparelhos. “Isso vai alcançar pessoas do mundo inteiro porque a usabilidade dessas pessoas vai contribuir para melhorar a experiência dos usuários. Queremos dar acesso com equipamentos e internet. Assim essas pessoas passam a ser vistas e serem protagonistas. Elas vivem um mundo paralelo, como se não existissem, então elas vão passar a ser vistas e sair dessa inviabilidade”, avalia.

O impacto social na vida das famílias é gigante. “São equipamentos que já estão na mão das pessoas e elas estão prontas para mostrarem que existem. No Piauí, há pelo menos 149 mil pessoas com deficiência pessoal. Que podem estar no fundo de uma rede sem saber dos direitos que elas têm. Essas pessoas podem ser agentes de transformação através do pessoal”, acrescenta.

O modelo do smartphone é de última geração. “Esse telefone é de tecnologia de ponta que usa comandos de voz, com alguns recursos inseridos no equipamento, como o contraste de cor, para pessoas com baixa visão. No Brasil, tem 7 milhões de pessoas com deficiência visual”, contabiliza.

Combo com inclusão social e digital (Lucrécio Arrais)Inclusão social e digital em um combo

Ana Claudia, de 37 anos, é servidora pública e fez parte da primeira fase do projeto Mulheres de Visão. Receber o smartphone deu um gás a mais para continuar. “Pra mim é excelente. A maioria das coisas é tudo no digital. No projeto Mulheres de Visão, aprendemos a empreender no digital. Então vamos poder colocar em prática o que aprendemos no curso. A gente vai poder vivenciar as mesmas coisas que as pessoas que enxergam”, comemora.

Marilene Machado de Sampaio, de 48 anos, é pedagoga e tem baixa visão. Ela quer mais possibilidades para trabalhar. “Esse aparelho vai facilitar acompanhar o dia a dia das notícias. Os conteúdos da mídia aprimoram o nosso conhecimento. Vem para somar no acesso a informações. As cores, o tamanho das letras. Esse smartphone veio para nos ajudar muito”, aponta.

Francisca Beatriz Cardoso, de 46 anos, é dona de casa e cursa pedagogia. Quase cega, ela perdeu a visão do olho esquerdo e tem baixa visão no lado direito. “Ter uma deficiência, mesmo visual, não é um bicho de sete cabeças. Eu assei a vida inteira enxergando. E eu enxergava bem, eu era manicure. Mas através dessa deficiência eu cheguei ao Iraildon. E como universitária de pedagogia esse celular vai ser fundamental", conta.

Emocionada, Francisca Beatriz agradeceu a oportunidade. "Sou só gratidão. Somos cegos a vista das pessoas, mas para Deus temos uma sabedoria inigualável. Vou me formar em 3 anos. Um aparelho com essa tecnologia é muito caro então é só gratidão”, finaliza.

Iraildo Mota (Lucrécio Arrais)



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