Homem que decepou mãos da ex tem pena reduzida para 14 anos

O Ministério Público comunicou que analisa a possibilidade de recorrer da decisão

|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O homem acusado de tentar matar a companheira e de decepar as mãos dela durante uma discussão em São Leopoldo, no Vale do Sinos, interior do Rio Grande do Sul, teve a pena reduzida pela Justiça gaúcha, em julgamento de apelação no dia 31 de janeiro.

O crime aconteceu em agosto de 2015. Elton Jones Luz de Freitas chegou a ser condenado a 17 anos e quatro meses de prisão em regime inicial fechado. Com a nova decisão, a pena foi reduzida para 14 anos de reclusão em regime fechado, com progressão para o semiaberto em dois anos.

O Ministério Público comunicou que analisa a possibilidade de recorrer da decisão.

A defesa do homem justificou "ocorrência de erro ou injustiça na aplicação da pena" e também pediu a anulação do Júri, o que foi negado pelos desembargadores Rosaura Borba, Luíz Mello Guimarães, e Victor Barcelos Lima.

No seu voto, a relatora Rosaura destacou a "compensação realizada na origem entre a agravante do recurso que dificultou a defesa da vítima com a atenuante da confissão espontânea [do réu]". Os outros desembargadores a acompanharam.

JULGAMENTO

O Tribunal do Júri condenou Elton Jones Luz de Freitas, no dia 27 de março de 2018, a 17 anos e quatro meses de prisão em regime fechado. Os jurados consideraram Elton culpado pela tentativa de matar sua ex-companheira. Ele respondeu por tentativa de homicídio triplamente qualificado, ao tentar matar sua ex-namorada Gisela Santos de Oliveira com diversos golpes de facão, o que resultou na amputação das mãos e do pé direito dela.

RELEMBRE O CASO

Conforme a denúncia encaminhada pelo Ministério Público (MP), após discutir com Gisele e inconformado com o fim da relação, o agressor a trancou no quarto e tentou matá-la. Além das facadas no rosto, no couro cabeludo e nos membros inferiores, o réu ainda lesionou os braços direito e esquerdo da ex-companheira, assim como o pé direito, que tiveram que ser amputados.

Ainda de acordo com o MP, durante a tentativa de execução, o réu dizia: "Morra, sua desgraçada". O crime foi considerado triplamente qualificado, por ter sido cometido por meio cruel, ter tido o recurso que impossibilitou a defesa da vítima, além do emprego de violência doméstica e familiar.

Ela precisou se fingir de morta para sobreviver, e foi socorrida por vizinhos, que chamaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) assim que viram seu estado. Gisele foi encaminhada para atendimento médico e cirúrgico de urgência no Hospital Centenário, inclusive com internação na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), o que evitou a morte.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES