Hospital Natan Portela passa a oferecer medicamento que previne o HIV

O Nordeste é a segunda região do Brasil com mais casos de infecção pelo HIV

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O Nordeste é a segunda região do Brasil com mais casos de infecção pelo HIV, ficando atrás apenas do Sudeste. No ano de 2017, foram notificados 42.420 casos de infecção pelo vírus no Brasil, sendo 9.706 (22,9%) casos no Nordeste. Levando em consideração a idade, a maior concentração dos casos foi observada nos indivíduos com idade entre 25 e 39 anos, em ambos os sexos. Os dados são do Boletim Epidemiológico - HIV Aids (julho de 2017 a junho de 2018), da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde.

No Piauí, para a população que é exposta ao vírus, está sendo oferecido desde o final do mês de abril, pelo Ministério da Saúde através do Hospital Natan Portela, a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), que é a combinação de dois medicamentos (tenofovir + entricitabina) que bloqueiam alguns “caminhos” que o HIV usa para infectar o organismo. Se utilizados diariamente, da forma como forem prescritos, a medicação pode impedir que o HIV se estabeleça e se espalhe pelo corpo. O hospital já oferecia a PEP (Profilaxia Pós-Exposição).

A infectologista Elna Amaral, do Hospital Natan Portela, esclarece que o tratamento não é para todos. "É indicado para pessoas que tenham maior chance de entrar em contato com o HIV, devido à comportamentos de maior risco *  como os gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSH), pessoas trans e trabalhadores do sexo. Também estão aptos, quem frequentemente deixa de usar camisinha em suas relações sexuais (anais ou vaginais), quem tem relações sexuais, sem camisinha, com alguém que seja HIV positivo *e que esteja em tratamento ou não , quem faz uso repetido de PEP (Profilaxia Pós-Exposição ao HIV) e quem apresenta episódios frequentes de Infecções Sexualmente Transmissíveis", relata.

A médica informa que para um paciente ter acesso à PrEP, ele precisa procurar o Hospital Natan Portela e marcar uma consulta. Após uma triagem e preenchendo os requisitos necessários, passa a receber rotineiramente a medicação. "Seguindo um protocolo, a pessoa faz um exame de HIV, pois se der positivo, o tratamento será outro. Caso comece a fazer a PrEP, ele vai tomar o medicamento todos os dias, fazer exames regulares e buscar sua medicação gratuitamente a cada três meses. Importante frisar que o medicamento só faz efeito após 7 dias de uso para relação anal e 20 dias de uso para relação vaginal", conta Elna.

Já a Profilaxia Pós-Exposição é uma medida de prevenção de urgência à infecção pelo HIV (apenas contra HIV), que consiste no uso de medicamentos para reduzir o risco de adquirir a infecção. Deve ser utilizada após qualquer situação em que exista risco de contágio, como violência sexual, relação sexual desprotegida (sem o uso de camisinha ou com rompimento da camisinha), e acidente ocupacional (com instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico), de acordo com Amaral.

A infectologista aponta que o serviço de Profilaxia Pós-Exposição funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana e descreve que o tratamento é feito com outro medicamento e seguindo outros protocolos de atendimento. "Para realizar a PEP, o prazo máximo é de até 72 horas após a exposição, que é o tempo em que o medicamento ainda consegue impedir que o vírus se instale. O uso dos medicamentos seguem por 28 dias", fala Elna.



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