Hospital São Marcos: há 68 anos a serviço do Brasil

Hospital é referência nacional em tratamento oncológico pelo Sistema Único de Saúde (SUS)

Hospital | reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Maria Alaíde Campelo Monte, de 60 anos, foi surpreendida com o diagnóstico de câncer de mama. Com o susto, ela orientou toda a família a buscar exames preventivos. Foi então que a irmã de Maria Alaíde, Maria Arliene Campelo Monte, de 43 anos, também ficou sabendo que estava com lesões cancerígenas que precisavam ser combatidas.

As irmãs que eram unidas ficaram ainda mais juntas. Alaíde e Arliene lutaram contra a doença e saíram vitoriosas. Hoje curadas, elas agradecem o atendimento que tiveram no Hospital São Marcos, que há 68 anos trabalha a serviço do Piauí e de todo o Brasil, sendo uma referência nacional em tratamento oncológico.

Irmãs enfrentaram e venceram o câncer de mama - Fotos: Lucrécio Arrais / Portal MN

Sem sintomas, Alaíde estava trabalhando quando recebeu o diagnóstico.  “Comecei o tratamento e logo procurei o São Marcos, onde tive um atendimento excelente. Fiz cirurgia, quimioterapia e radioterapia. O cabelo caiu todo e nasceu tudo de novo. O susto foi grande, mas foi maior ainda quando descobrimos o da minha irmã”, revela Alaíde.

A descoberta do câncer de Arliene foi um baque duplo. “Foram dois acontecimentos muito difíceis. Minha irmã doente, depois eu também. Eu fiz exames prévios em fevereiro e em março começou a pandemia. Então fui até o Hospital Universitário, a Dra. Camila que também atende aqui no São Marcos e logo fui encaminhada para cá. Meu câncer era inicial, então ela queria fazer a retirada das lesões”, explica.

Felizmente, as irmãs concluíram o tratamento sem maiores intercorrências. Hoje elas contam a história para inspirar mais mulheres a praticarem o autocuidado, que vai desde o autoexame ao acompanhamento sazonal com o médico mastologista.

Pacientes recebem apoio escolar durante tratamento

Ivoneide Amorim é coordenadora do Serviço de Escolarização Hospitalar e Domiciliar do Estado do Piauí, a partir de uma parceria com a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), que proporciona o serviço no Hospital São Marcos.

Ivoneide Amorim 

Ela conta que é um trabalho que envolve muito compromisso. “A gente leva em conta o estado de saúde da criança, além da flexibilização no processo de aprendizagem. Nosso ensino não é igual ao da escola regular, mas não interrompe o conhecimento. Quando terminar o tratamento, o aluno vai ser reinserido na escola com menos dificuldade”, explica Ivoneide.

As professoras do Serviço monitoram alunos da mais tenra infância até o final da idade escolar. Francisco Kelven, de 15 anos, batalha contra um tipo raro de câncer e permanece cursando o 1º ano do ensino médio na Unidade Escolar

Francisco Kelven faz tratamento no HCM

O jovem vislumbra um futuro de estudo e dedicação. “Eu fiquei muito feliz em saber que tem esse acompanhamento dentro do hospital. É uma coisa nova para mim. Estou me preparando para o Enem. Quero fazer Engenharia Civil. Continuo matriculado na Unidade Escola Mario Raulino, em Altos. Com a doença, minha rotina mudou. Eu continuo estudando, mas respeitando minhas limitações. O ensino das professoras é exemplar. As professoras aqui são como mães para mim, elas trabalham com amor”, revela Francisco.

Profissionais que trabalham com o coração

Os profissionais do Hospital São Marcos trabalham com o coração. Da equipe de saúde aos técnicos, todo mundo trabalha em conjunto pelo bem-estar dos pacientes. E são muitas histórias para se contar desse time tão envolvido com o próprio trabalho.

Paulo Santos 

Paulo Santos, de 27 anos, que trabalha no Recursos Humanos do Hospital, tem uma história com o São Marcos que vem de 1992, ano do nascimento do jovem. “Nasci com fissura labial, então fiz um procedimento cirúrgico com a equipe médica e odontológica. Após 20 anos tive alta. Então 7 anos depois retorno a casa como funcionário e sou só gratidão por tudo que fizeram por mim”, acrescenta.

Já Iracema Carvalho, de 37 anos, é uma das funcionárias mais aplicadas do setor de call center. O diferencial é que ela é uma pessoa com deficiência. Com visão monocular, ela mostra que competência não tem nada a ver com limitações físicas.

Iracema Carvalho 

“A Iracema orienta novos funcionários, ela é altamente comprometida. Quando alguém novo chega e sei que ela vai acompanhar, já fico tranquila”, analisa Ana Luzia, supervisora do HSM. “Eu amo meu trabalho. Amo fazer atendimento ao público, é uma área onde verdadeiramente me encontrei. Sou muito feliz em trabalhar aqui e pela oportunidade que tive. É só gratidão”, finaliza Iracema Carvalho.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES