Importação de sêmen é recorde no Brasil

São Paulo aparece como o estado que mais importou o material biológico

Ribeirão Preto é a segunda cidade em número de fertilizações in vitro | Divulgação
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A importação de sêmen para uso em reprodução humana assistida alcançou um índice recorde no Brasil em 2017. Segundo relatório divulgado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), foram emitidas 860 autorizações de importação de sêmen no ano, contra 436 em 2016, um aumento de 97%. Dentre os estados, São Paulo foi o campeão, já que mais da metade do material foi importado por bancos de células e tecidos germinativos paulistas.

Como Ribeirão Preto é a segunda cidade com o maior número de fertilizações in vitro do estado de São Paulo, perdendo apenas para a capital, a probabilidade é de que boa parte do sêmen importado tenha sido requisitado pelas clínicas do município. “Apesar de a Anvisa não divulgar dados mais regionais, é possível afirmar que Ribeirão Preto tem um peso relevante na importação desse tipo de material biológico”, explica o médico Anderson Melo, especialista em reprodução humana assistida do CEFERP – Centro de Fertilidade de Ribeirão Preto.

Doação de sêmen

O relatório da Anvisa aponta que 91% do sêmen importado é de doadores que apresentam características fenotípicas de ascendência caucasiana (cor de pele branca), sendo 45% com olhos azuis e 67% com cabelos castanhos. Além disso, o relatório também mostra que o perfil dos pacientes é composto por mulheres solteiras, seguidas pelos casais heterossexuais. Já os casais homoafetivos de mulheres representaram 22% das importações em 2017.

“Normalmente, as pacientes que solicitam a importação de material biológico para reprodução humana assistida escolhem o doador de acordo com as suas próprias semelhanças fenotípicas e também as de seus familiares”, comenta o médico. Ainda de acordo com ele, os brasileiros buscam opções de doadores de sêmen fora do país porque há maior quantidade em bancos internacionais, que oferecem ampla disponibilidade de acesso a informações que vão além das características físicas. “Há dados sobre características intelectuais e psicológicas, informações sobre a família do doador e também a possibilidade de ver as fotos desse doador quando era criança.”



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