Influencer morto por alergia a camarão comeu bolinho sem saber recheio

Brendo Yan comeu bolinhos com camarão oferecidos por vizinhos em casa no fim de semana. Alergologista explica cuidados e garante que casos graves de reações alérgicas são raros.

Influencer morto por alergia a camarão comeu bolinho sem saber recheio | Reprodução
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O influenciador digital Brendo Yan da Silva, de 27 anos de idade, não tinha conhecimento de que o recheio do bolinho de macaxeira que ele ingeriu continha camarão, desencadeando uma reação alérgica fatal. Após quatro dias de internação na UTI em Natal, ele faleceu e foi sepultado sob grande comoção nesta quinta-feira, 27.

De acordo com relato da esposa de Brendo Yan, Victoria Figueiredo, o casal recebeu os bolinhos de macaxeira de vizinhos no último sábado, porém como estavam prestes a sair de casa naquele momento, optaram por guardá-los para consumir mais tarde.

Os dois não sabiam qual era o recheio e os vizinhos tampouco sabiam da alergia de Brendo Yan ao crustáceo.

"A gente fez uma chamada de vídeo com minha mãe, que mora em São Paulo. Ele deu tchau e saiu. Eu disse a minha mãe que ia desligar. Quando eu entrei na cozinha, ele já estava comendo. Eu disse: 'menino, tu nem me esperou'. E ele respondeu que estava com fome. Eu perguntei do que era o bolinho e ele disse que era de frango. Aí eu comentei que tinha um cheirinho de peixe", contou Victoria.

"Ele sabia que era alérgico. Mas não tinha cheiro e gosto de camarão, então ele comeu. E logo após deu a reação alérgica. Eu tentei dar antialérgico, bombinha de asma, porque ele era asmático, e logo após a gente saiu nas pressas para socorrê-lo na UPA".

Cuidados

O médico alergologista Roberto Pacheco esclareceu, ao portal G1, que ocorrências de reações alérgicas graves que culminem em anafilaxia são incomuns. Em grande parte das situações, as reações se restringem à pele e ocorrem de forma pontual.

Mas isso não significa que não deve haver um cuidado para quem tiver alergia a determinados alimentos.

"Esse cuidado é muito importante. Já que se tem a contaminação do alimento, do óleo, da preparação, da manipulação. Eu já peguei caso até com cheiro do camarão. Tem que se ter um certo cuidado", pontuou.

Essa preocupação se estende também a quem prepara o alimento. "É importante cada preparação ter seu local, ser uma preparação diferente, porque às vezes só de pegar num óleo que preparou um camarão... Já peguei caso que pizza de queijo que o paciente teve contaminação cruzada de camarão", pontuou.




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