Integrantes do MST ocupam estrada de ferro de Carajás

Cerca de 5 mil pessoas ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupam desde a manh? desta quarta-feira (17) a estrada de ferro de Caraj?s, no Sudeste do Par?, que d? acesso ? maior mina de ferro a c?u aberto do mundo.

A interdi??o faz parte das manifesta?es pela reforma agr?ria em todo pa?s.

A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), que administra a estrada de ferro, divulgou nota sobre a ocupa??o. Leia abaixo:

"A Companhia Vale do Rio Doce informa que:

1) A Estrada de Ferro Caraj?s foi invadida, na manh? de hoje, por um grupo do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Cerca de 200 pessoas ocuparam as margens dos trilhos da ferrovia na altura dos distritos Vila dos Palmares I e II, no munic?pio de Parauapebas (PA).

2) O ?ltimo trem a passar na ferrovia, por volta das 10h45, foi apedrejado pelos manifestantes, levando a CVRD a suspender a circula??o na EFC, a fim de garantir a integridade f?sica dos passageiros e de seus empregados.

3) H? dez dias, a CVRD informou ? Justi?a Federal de 1a inst?ncia a amea?a de invas?o. No dia 8, a Justi?a concedeu uma liminar de interdito proibit?rio, proibindo qualquer ato atentat?rio contra a EFC e estabelecendo multa di?ria no valor individual de R$ 100 reais. O juiz Arthur Pinheiro Chaves autorizou, ainda, requisi??o de refor?o policial para a execu??o da ordem, oficiando a Pol?cia Federal e a Pol?cia Militar para que dessem aux?lio ao aparato da Pol?cia Judici?ria Federal para o cumprimento da dilig?ncia.

4) No dia 15, a intima??o da Justi?a Federal foi entregue aos respons?veis pelo movimento.

5) Al?m disso, a CVRD alertou sobre a amea?a de invas?o todas as autoridades estaduais e federais.

6) A EFC transporta diariamente cerca de 1.300 passageiros e ? respons?vel pela distribui??o do combust?vel que abastece as cidades do Sudeste do Par?.

7) A CVRD est? comunicando a invas?o ? Justi?a Federal para que sejam tomadas as medidas judiciais cab?veis, inclusive quanto ? mobiliza??o de for?a policial, para retirada dos manifestantes. A CVRD espera que as autoridades tomem, o mais rapidamente poss?vel, as provid?ncias necess?rias para p?r fim ? invas?o e destaca sua perplexidade por ser alvo de manifestantes que apresentam reivindica?es que n?o t?m qualquer v?nculo com a Companhia, como a ?defesa da reforma agr?ria e protesto contra o imperalismo?.

8) A CVRD repudia, com veem?ncia, qualquer ato de viol?ncia que ameace o funcionamento de suas opera?es, causando, inclusive, preju?zos financeiros para o pa?s, com a interrup??o de exporta?es, al?m de comprometer a imagem das empresas brasileiras diante de clientes de todo o mundo."