Afegã que foi mutilada pelo marido mostra pós-cirurgia

Aesha virou o símbolo da luta contra a opressão das mulheres no Afeganistão.

Aesha virou o símbolo da luta contra a opressão das mulheres no Afeganistão. | Reprodução
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A jovem Aesha Mohammadzai ficou conhecida no mundo inteiro, ao sair na capa da revista americana Time, em agosto de 2010, com o rosto mutilado, vítima de um casamento abusivo. Quase três anos depois, a afegã de 19 anos mostra o resultado de uma série de cirurgias reconstrutivas.

Aesha virou o símbolo da luta contra a opressão das mulheres no Afeganistão. Ela teve o nariz e as orelhas cortados pelo marido e pela família dele, depois que tentou fugir.

Ao aparecer na capa da Time, Aesha ganhou a ajuda de diversas pessoas. Agora, ela vive nos Estados Unidos, no estado de Maryland, com uma família que a ?adotou?. Lá, ela tem tratamento médico e ganhou até uma irmã mais nova, de 15 anos.

Para reconstruir o nariz de Aesha, os especialistas estimularam a produção de tecido na testa dela, e essa porção extra foi transplantada para o nariz. Segundo o tabloide britânico Daily Mail, a afegã também teve tecido do antebraço transplantado no rosto.

As feridas de Aesha irão cicatrizar em breve. Mas apenas as visíveis, já que ela levará pelo resto da vida o trauma da agressão.

- Eu era abusada pelo meu marido e pela família dele todos os dias. Mentalmente e fisicamente. Um dia, isso se tornou insuportável e eu fugi. Eles me apanharam e me colocaram em uma prisão por cinco meses. Quando fui ao juiz, ele me enviou de volta para o meu marido. Naquela noite, eles (a família do marido) me levaram para as montanhas - relembrou ela, em entrevista à emissora ITV. - Eles amarraram minhas mãos e pés. E disseram que a punição seria cortar meu nariz e orelhas. E foi isso o que fizeram.

Aesha foi deixada nas montanhas para morrer, mas conseguiu chegar à casa do avô.

- Quando eles cortaram meu nariz e orelhas, eu desmaiei. Acordei no meio da noite, e senti como se tivesse água gelada no meu nariz. Abri os olhos e nem conseguia enxergar por causa de todo o sangue - contou a afegã à rede de notícias CNN, em outra ocasião.

Quando Aesha completou 12 anos, o pai a prometeu em casamento para um membro do Talibã, para quitar uma dívida. Ela chegou a ser forçada a dormir no estábulo, com os animais. Nunca tinha ido para a escola, nem celebrado o próprio aniversário. Agora, se diz feliz com a nova vida.

- Eu quero dizer às mulheres que sofrem algum tipo de abuso, para serem fortes. Nunca desista, nem perca as esperanças.



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